Práticas interprofissionais na formação em serviço e mudanças na perspectiva da centralidade do usuário
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.rmrp.2024.225086Palavras-chave:
Educação interprofissional, Serviços de saúde, Estudantes de odontologia, Atenção Primária à SaúdeResumo
Objetivos: Este artigo tem por objetivo analisar a formação interprofissional de graduandos de odontologia durante os estágios obrigatórios na atenção primária à saúde. Métodos: Trata-se de um estudo transversal de abordagem qualitativa realizado no período de 2021 a 2022. Foram convidados a participar da pesquisa estudantes de graduação de Odontologia que vivenciaram atividades curriculares junto a equipes da Estratégia de Saúde da Família durante o enfrentamento da covid-19, de 2020 a 2022. Foram realizadas entrevistas em ambiente virtual, gravadas e transcritas, com uso de roteiro semiestruturado. Os dados foram analisados a partir do referencial teórico da Educação interprofissional e da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Resultados: Os resultados foram divididos em 2 temas: Vivências de trabalho interprofissional e Entendimento sobre atributos da interprofissionalidade. No tema 1 destaca-se a importância da imersão na realidade dos serviços de saúde na APS para a apropriação sobre o funcionamento dos serviços de saúde e da equipe e sua atuação em diferentes abordagens e ferramentas do trabalho interprofissional e no tema 2 observa-se que os estágios nos serviços de saúde permitem aos estudantes a apreensão do objetivo comum da equipe que é o cuidado à pessoa para garantia da integralidade do cuidado, além do reconhecimento de competências colaborativas para o trabalho em equipe. Conclusões: A partir da valorização de espaços curriculares de imersão em cenários de prática no SUS, como nos estágios obrigatórios em análise, o estudante se aproxima de competências para o trabalho em equipe interprofissional com destaque para a comunicação interprofissional para alcance de objetivos comuns com foco no cuidado ampliado em saúde e pode exercitar o trabalho em equipe e a integração com outras áreas da saúde, tecendo aprendizagens significativas acerca dos atributos da interprofissionalidade e diferentes papéis profissionais.
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