Análise do acesso e acolhimento entre os resultados do PMAQ-AB e a satisfação dos usuários do pronto atendimento: semelhanças e diferenças
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v50i1p29-38Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde. Satisfação do Usuário. Avaliação de Serviços de SaúdeResumo
Objetivou-se identificar semelhanças e diferenças da satisfação do usuário com a Atenção Primária à Saúde (APS) nas dimensões de acesso e acolhimento a partir dos atendimentos não urgentes no ProntoAtendimento (PA) de Ribeirão Preto-SP com os resultados do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), cuja avaliação no município de Ribeirão Preto-SP percorreu em período concomitante. Estudo quantitativo realizado nas unidades de PA dos cinco Distritos de Saúde do município. Participaram do estudo 514 usuários que receberam ao menos um atendimento na APS nos seis meses que antecederam a pesquisa. Utilizou-se o intrumento EUROPEP - European Task Force on Patient Evaluation of General Practice Care e diário de campo como fontes de dados. Amparouse nos resultados das dimensões de acesso e acolhimento da avaliação do PMAQ para identificar semelhanças e diferenças entre o que os usuários do presente estudo reportaram. No recrutamento dos sujeitos percebeu-se que muitos não obtiveram atendimento médico na APS nos últimos seis meses justificando a dificuldade em conseguir vaga e quando adoecem e precisam procuram o PA. Tem-se que 12,7% foram atendidos no mesmo dia que procuraram a APS. Dos 87,3% que não foram atendidos no mesmo dia, o tempo médio de espera entre o dia do agendamento e o dia da consulta na APS foi 58 dias, 42,4% dos usuários responderam “ruim” sobre a facilidade em marcar uma consulta. Os resultados convergem com os resultados do PMAQ-AB que sinalizaram baixo desempenho para o acolhimento à demanda espontânea. Porém, a boa avaliação do PMAQ-AB no quesito agendamento de consultas divergiu com os resultados deste estudo em que foi constante a queixa pela demora no agendamento de consultas. Conclui-se que os usuários atendidos nos PAs em Ribeirão Preto-SP não reconhecem a APS como fonte regular de cuidado, o que pode interferir na não adesão a esses serviços de forma contínua, resultando na busca por serviços de urgência e emergência para tratar agravos que poderiam ser resolvidos na APSDownloads
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Publicado
2017-02-16
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Como Citar
1.
Gomide MFS, Pinto IC, Zacharias FCM, Ferro D. Análise do acesso e acolhimento entre os resultados do PMAQ-AB e a satisfação dos usuários do pronto atendimento: semelhanças e diferenças. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 16º de fevereiro de 2017 [citado 11º de dezembro de 2024];50(1):29-38. Disponível em: https://journals.usp.br/rmrp/article/view/135043