Fatores associados ao óbito entre puérperas com COVID-19: estudo brasileiro de base populacional
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.5446.3507Palavras-chave:
Infecções por Coronavírus; Pandemia; Morte Materna; Período Pós-Parto; Evolução Clínica; Cuidados de Enfermagem.Resumo
Objetivo: identificar os fatores associados ao óbito por
COVID-19 entre puérperas brasileiras, nos primeiros cinco
meses da pandemia e nos cinco meses posteriores e descrever
as características sociodemográficas e clínicas de puérperas que
desenvolveram a doença. Método: estudo transversal, de base
populacional, com dados secundários do Sistema de Informação
de Vigilância Epidemiológica da Gripe, disponibilizados pelo
Ministério da Saúde do Brasil. Foram incluídas 869 puérperas
e a análise considerou os primeiros cinco meses da pandemia e
os cinco meses posteriores. A associação entre as variáveis de
interesse e o desfecho (óbito/cura por COVID-19) foi investigada
por regressão logística. Resultados: a maioria das puérperas
tinha entre 20 e 34 anos, cor da pele parda/branca e residia em
zona urbana/periurbana. A proporção de óbitos foi de 20,2% no
primeiro período e 11,2% no segundo. Em ambos os períodos,
aumentou a chance de evolução para óbito a presença de sinais
e sintomas respiratórios: dispneia, desconforto respiratório e
saturação de oxigênio inferior a 95%, assim como necessitar de
suporte ventilatório e terapia intensiva. Conclusão: a proporção
de óbitos entre puérperas foi elevada, com redução no segundo
período estudado. Associaram-se ao óbito sinais e sintomas
respiratórios, necessidade de ventilação mecânica e de terapia
intensiva, em ambos os períodos analisados.
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