Resiliência familiar: percepção de familiares de dependentes de substâncias psicoativas
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.3816.3449Palavras-chave:
Resiliência Psicológica, Família, Relações Familiares, Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias, Adaptação Psicológica, Enfermagem PsiquiátricaResumo
Objetivo: compreender a percepção dos familiares de dependentes de substâncias psicoativas sobre os elementos do funcionamento de sua família na resiliência familiar. Método: estudo de abordagem qualitativa, fundamentado no referencial teórico interpretativo de resiliência familiar na perspectiva sistêmica. Participaram onze familiares de dependentes de substâncias psicoativas de um Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas, de uma cidade do interior paulista. Para a coleta de dados, utilizou-se entrevista semiestruturada, genograma e ecomapa. A análise dos dados baseou-se na técnica de Análise de Conteúdo, categoria temática. Resultados: a partir das entrevistas, foram formuladas três categorias temáticas: mobilização em busca de apoio e suporte social; perspectivas positivas que fortaleceriam a família, e comunicação assertiva. Essas categorias apontam referências à mobilização e união da família em busca de suporte social nos contextos intrafamiliar, de família ampliada e extrafamiliar e perspectivas positivas, como persistência, perseverança, esperança, fé e religiosidade. Conclusão: a situação de ter um dependente de substâncias psicoativas na família pareceu mobilizar dispositivos de enfrentamento e tentativa de superação por intermédio das forças de resiliência. Os resultados podem favorecer o raciocínio clínico cotidiano dos profissionais de saúde, ajudando-os no reconhecimento e na valorização dos atributos de resiliência identificados.
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