Práticas relacionadas ao uso do garrote durante a punção venosa periférica: uma revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.2743-3125Palavras-chave:
Torniquetes; Cateterismo Periférico; Contaminação de Equipamentos; Infecção Hospitalar; Pessoal de Saúde; DescontaminaçãoResumo
Objetivo
durante a punção venosa periférica, recomenda-se o uso de um garrote acima do local da punção para potencializar a distensão venosa. Dadas as suas características e o uso em ambientes clínicos, os garrotes podem representar uma fonte de disseminação de micro-organismos. Entretanto, os resultados de estudos científicos nessa área estão dispersos na literatura. Esta revisão de escopo tem como objetivo mapear as evidências disponíveis a respeito das práticas dos profissionais de saúde no que concerne ao uso do garrote durante a punção venosa periférica e à contaminação microbiológica associada.
Método
revisão de escopo de acordo com a metodologia do Instituto Joanna Briggs. Dois revisores independentes analisaram a relevância dos estudos, extraíram e sintetizaram dados.
Resultados
quinze estudos foram incluídos na revisão. Em geral, os garrotes foram reutilizados sem processos de descontaminação recorrentes. Verificou-se que os profissionais compartilham esses dispositivos entre si e os usaram continuamente por períodos entre duas semanas e sete anos e meio.
Conclusão
as práticas de enfermagem relacionadas ao uso do garrote durante a punção venosa periférica não são uniformes. A reutilização de garrotes pode colocar em risco a segurança do paciente se o reprocessamento (limpeza e desinfecção/esterilização) não for adequado, dado o tipo de material do garrote e a microbiota encontrada. Novos estudos são necessários para avaliar o impacto de vários tipos de práticas de reprocessamento na descontaminação de garrotes e na segurança do paciente.