Uso inconsistente do preservativo entre parcerias sexuais sorodiferentes ao vírus da imunodeficiência humana
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.3059.3222Palavras-chave:
Preservativos; Sexo sem Proteção; Infecções por HIV; Prevenção de Doenças; Cuidados de Enfermagem; Soropositividade para HIVResumo
Objetivo:
analisar os preditores do uso inconsistente do preservativo entre pessoas soropositivas com parceria sexual sorodiferentes ao vírus da imunodeficiência humana.
Método:
estudo transversal, analítico com amostra consecutiva não probabilística que foi constituída por pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana com parceria sexual sorodiferente e que estavam em seguimento clínico ambulatorial. Os dados foram coletados por meio de entrevista individual norteadas por questionário semiestruturado e analisados com análise bivariada e regressão logística.
Resultados:
Identificou-se que sete variáveis foram independentemente associadas com o uso inconsistente do preservativo. Escolaridade menor que 11 anos de estudo (4,9 [2,4-10,1]), ter múltiplas parcerias (5,0 [1,3-19,6]), usar álcool (2,1 [1,1-4,4]) ou outras drogas (2,8 [1,2-6,3]), não receber aconselhamento com profissional de saúde (2,0 [1,1-3,9]), não ter conhecimento sobre tratamento como prevenção (3,0 [1,2-6,9]) e desconhecer que carga viral indetectável reduz o risco de transmissão do vírus da imunodeficiência humana (3,8 [1,1-13,7]), foram preditores para o uso inconsistente do preservativo.
Conclusão:
o estudo evidenciou que fatores psicossociais interferem no uso consistente do preservativo entre parcerias sorodiferentes. Assim, destaca-se que há necessidade de intervenções abrangentes que incluam a integração do cuidado clínico e psicossocial.