Preditores da intenção de trabalhadores de enfermagem em deixar a unidade de trabalho, instituição de saúde e profissão
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.3280.3219Palavras-chave:
Intenção; Emprego; Ocupações; Enfermagem; Enfermeiras e Enfermeiros; Violência no TrabalhoResumo
Objetivo:
identificar os fatores relacionados à intenção de trabalhadores de enfermagem em deixar a unidade de trabalho, instituição de saúde e profissão.
Método:
estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado com 267 trabalhadores de enfermagem de sete unidades de emergência no Brasil. Para coleta de dados, utilizou-se o Questionário de aspectos sociodemográficos, estilo de vida, trabalho e saúde, bem como o Índice de Capacidade para o Trabalho, questionário sobre violência no local de trabalho, questões sobre intenção em deixar e a Escala de Intenção de Rotatividade. Os preditores de intenção em deixar foram avaliados por meio de modelos de regressão de Poisson.
Resultados:
violência no trabalho aumentou e melhor satisfação com o emprego atual diminuiu a probabilidade de maior intenção em deixar a unidade, instituição e profissão. Melhor capacidade para o trabalho diminuiu a probabilidade de maior intenção em deixar a unidade e profissão. Os trabalhadores mais qualificados e aqueles que trabalhavam na instituição há mais tempo estavam mais propensos a maior intenção em deixar a profissão.
Conclusão:
com a promoção da satisfação no trabalho, da capacidade para o trabalho e de um ambiente livre de violência é possível diminuir a intenção de trabalhadores em deixar o emprego ou profissão, mas os gerentes de enfermagem precisam compreender os três fenômenos de intenção em sair individualmente para propor estratégias de retenção.