Síndrome de burnout em trabalhadores de enfermagem brasileiros e espanhóis
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.2818.3192Palavras-chave:
Esgotamento Profissional; Despersonalização; Enfermagem; Recursos Humanos de Enfermagem; Administração de Recursos Humanos em Saúde; Saúde do TrabalhadorResumo
Objetivo:
analisar os escores das dimensões do burnout em trabalhadores de enfermagem brasileiros e espanhóis.
Método:
estudo quantitativo, transversal e comparativo, realizado com 589 trabalhadores de enfermagem que responderam o Questionário de Caracterização Sociodemográfica e Profissional e o Maslach Burnout Inventory. Procedeu-se a análise descritiva e analítica dos dados.
Resultados:
Os trabalhadores de enfermagem espanhóis apresentam maiores médias na dimensão Despersonalização (p=0,004) e os brasileiros maiores pontuações na dimensão Realização Profissional (p=0,031). Observou-se que tanto na Espanha quanto no Brasil auxiliares/técnicos de enfermagem possuem maior Exaustão Emocional do que os enfermeiros; no Brasil a Despersonalização é maior em enfermeiros, na Espanha é maior em auxiliares/técnicos de enfermagem. Verificou-se resultados estatisticamente significativos na associação das dimensões do burnout com as características sociodemográficas e de trabalho: idade, categoria profissional, local de trabalho, regime de trabalho, turno de trabalho, tempo de experiência profissional, tempo de atuação no mesmo local de trabalho e considerar o trabalho estressante.
Conclusão:
apesar dos trabalhadores de enfermagem brasileiros e espanhóis pontuarem níveis baixos de Despersonalização e elevados de Realização Profissional, verifica-se níveis médios de Exaustão Emocional, indicando um fator preventivo importante a ser trabalhado, uma vez que a Exaustão Emocional é considerada o primeiro estágio do burnout.