Comunicação não verbal enfermeiro-parturiente no trabalho de parto em países lusófonos
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.3032.3193Palavras-chave:
Comunicação Não Verbal; Enfermagem Obstétrica; Trabalho de Parto; Saúde da Mulher; Parto Normal; Cuidados de EnfermagemResumo
Objetivo:
analisar a comunicação não verbal entre enfermeiro e parturiente durante a fase ativa do trabalho de parto em dois países lusófonos.
Método:
estudo quantitativo analítico, cuja amostra foi composta por 709 interações que utilizaram a comunicação não verbal dos enfermeiros e parturientes. As variáveis analisadas foram: distância; postura; eixo; contato; gestos emblemáticos; gestos ilustradores e gestos reguladores. Para a análise dos dados, utilizaram-se os testes de Qui-Quadrado e Razão de Verossimilhança.
Resultados:
a distância íntima entre enfermeiro e parturiente nos dois países (p=0,005) prevaleceu. Em ambos, o toque foi a forma de contato (p<0,0001) mais usada. Nos dois países, as parturientes permaneceram deitadas (p<0,0001). Em relação ao contato estabelecido (p<0,0001), as parturientes não usaram contato. O eixo face a face predominou nas interações em ambos os países entre enfermeiro-parturiente (p<0,0001) e parturiente-enfermeiro (p<0,0001).
Conclusão:
perceberam-se semelhanças nos aspectos de comunicação não verbal entre enfermeiros e parturientes nos dois países. No entanto, observam-se diferenças como o contato estabelecido entre os enfermeiros brasileiros e cabo-verdianos à parturiente.