“Era a vontade divina”: continuar a gestação depois da infecção perinatal pelo vírus Zika
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.3485.3310Palavras-chave:
Tomada de Decisões, Gravidez, Infecção por Zika Vírus, Microcefalia, Religião, Pesquisa QualitativaResumo
Objetivo: compreender a influência das crenças religiosas na decisão de um grupo de mulheres residentes no Departamento de Huila de continuar a gestação apesar da infecção perinatal pelo vírus Zika. Método: etnografia focalizada. Participaram 21 mulheres que haviam apresentado infecção perinatal pelo vírus Zika, cujos filhos nasceram com microcefalia congênita. Foram realizados 2 grupos de discussão e 6 entrevistas semi-estruturadas e foi utilizada a análise temática para o tratamento dos dados. Resultados: três temas surgiram: “Deus: por que comigo?” é um questionamento inicial das mulheres a Deus devido ao diagnóstico pré-natal de microcefalia do(a) filho(a), “Apegar-se a um milagre divino” descreve como as mulheres não perderam a fé e imploraram por um milagre divino para que seus filhos nascessem sadios e “Era a vontade divina” significa a aceitação, resignação e respeito pela vontade divina e a negação a abortar, apesar das recomendações médicas. Conclusão: a religiosidade e as crenças religiosas foram determinantes na decisão das mulheres de continuar a gestação. Faz-se necessário continuar a indagação sobre esse tema, para compreender as experiências dessas mulheres e criar ações de acompanhamento e apoio a partir dos cuidados de enfermagem.
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