Tendência e distribuição espacial de doenças infecciosas em gestantes no estado do Paraná-Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.2838.3160Palavras-chave:
Doenças Infecciosas; Notificação de Doenças; Gravidez; Enfermagem Obstétrica; Sistemas de Informação em Saúde; Saúde PúblicaResumo
Objetivo
analisar a tendência e a distribuição espacial de algumas doenças de notificação compulsória em gestantes.
Método
estudo ecológico, com dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação, das incidências das seis doenças de notificação mais frequentes em gestantes. O modelo de Prais-Winsten foi utilizado para a análise da tendência classificada em estável, decrescente e crescente, segundo macrorregiões. Para a análise espacial, foram calculadas as incidências distribuídas em percentis, em mapas coropléticos, por Regiões de Saúde.
Resultados
as infecções mais frequentes foram sífilis, dengue, Human Immunodeficiency Virus, influenza, hepatites e toxoplasmose. A incidência para sífilis, toxoplasmose, dengue e Human Immunodeficiency Virus aumentou 30,8%, 30,4%, 15,4% e 2,6% ao ano, em média, respectivamente. Em média, ao ano, a incidência de sífilis aumentou 40,5% na Macrorregional Norte e 38% na Macrorregional Noroeste. A análise espacial mostrou, no último quadriênio, incidência elevada para dengue, sífilis e infecção pelo Human Immunodeficiency Virus que chegaram, respectivamente, a 180,2, 141,7 e 100,8 casos por 10.000 nascidos vivos.
Conclusão
houve aumento da incidência de infecção em gestantes por sífilis, toxoplasmose e Human Immunodeficiency Virus, com diferenças em sua distribuição espacial, indicando que esses agravos devem ser prioridade no atendimento à gestante em regiões mais acometidas.