Omissão do cuidado de enfermagem em unidades de internação
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.3138.3233Palavras-chave:
Enfermagem, Cuidado de Enfermagem, Segurança do Paciente, Qualidade da Assistência à Saúde, Gestão de Risco, Unidades de InternaçãoResumo
Objetivo: descrever a prevalência e as razões da omissão de cuidados de enfermagem, segundo a percepção de profissionais de enfermagem de um hospital de ensino. Método: estudo transversal realizado com 267 profissionais de dez unidades de internação. Os dados foram coletados por meio do instrumento MISSCARE-Brasil. Utilizou-se estatística descritiva e testes qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher para comparar diferenças na prevalência de omissão entre as categorias profissionais. Resultados: dentre os elementos do cuidado de enfermagem, as maiores prevalências de omissão foram: sentar o paciente fora do leito (70,3%), deambulação três vezes ao dia (69,1%) e participação em discussão da equipe interdisciplinar sobre a assistência ao paciente (67,2%). As razões mais frequentes foram: número inadequado de pessoal (85,4%), número inadequado de pessoal para a assistência ou tarefas administrativas (81,6%) e aumento inesperado no volume e/ou gravidade dos pacientes (79,8%). Os enfermeiros relataram maior omissão do que os técnicos/ auxiliares de enfermagem em quatro elementos do cuidado (p<0,05). Conclusão: o estudo evidencia alta prevalência de omissão de elementos do cuidado de enfermagem na perspectiva dos profissionais. Fatores relacionados aos recursos humanos e materiais foram mais relatados como causas para esta omissão.
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