Architects noirs et historie: Georgia Brown, São Paulo Metropoltain et ses fantmes
DOI :
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2021.176305Mots-clés :
Architecture, Genre, Race, Industrialisation, Georgia Louise Harris brown, São PauloRésumé
Cet article vise à discuter du silence de l'historiographie architecturale autour du travail des architectes et urbanistes noirs ou féminins au Brésil. En s'inspirant de la trajectoire de l'architecte noire américaine Georgia Louise Harris Brown, qui s'est installée au Brésil en 1953 et a travaillé à São Paulo pendant toute la seconde moitié du XXe siècle, il ne s'agit pas seulement d'observer comment sa performance se croise avec elle. condition de race, de sexe et de nationalité, mais comme son recrutement par différentes entreprises d'ingénierie et de construction lui a permis d'intervenir de manière doublement subtile dans le processus de métropolisation : comme partie invisible d'un engrenage productif complexe pour la conversion du grand São Paulo en un seul des territoires industriels les plus dynamiques du pays, et comme moyen de construire la ville sans la référence spécialisée de l'urbanisme.
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