A construção do Estatuto da Cidade e da ideia de Plano Diretor numa perspectiva histórica: discutindo a adequação destes instrumentos aos municípios de pequeno porte populacional
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-4506.v18i1p1-16Palavras-chave:
Planejamento urbano, Estatuto da Cidade, Plano Diretor, Municípios de pequeno porteResumo
O conteúdo que compõe o Estatuto da Cidade é resultado de um longo processo de construção que tem influências de matrizes discursivas diversas. Nesta trajetória, observa-se um processo de ressignificação da ideia de Plano Diretor. Este artigo busca refazer o caminho de construção do Estatuto da Cidade e da conotação atual do Plano Diretor. Objetiva-se compreender as ambiguidades e contradições do Estatuto da Cidade, em especial no que se refere ao Plano Diretor, e verificar a adequação destes instrumentos aos municípios de pequeno porte populacional. A metodologia utilizada foi a revisão e análise crítica da bibliografia pertinente. Como resultado, o artigo põe em foco entraves importantes à adequação dos planos diretores pós-Estatuto da Cidade aos municípios de pequeno porte populacional.
Downloads
Referências
BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 775, de 1983. Dispõe sobre os objetivos e a promoção do desenvolvimento urbano e dá outras providências. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=C49902CDCEC065DC98D766B4AE08BC03.proposicoesWebExterno2?codteor=1168941&filename=Dossie+-PL+775/1983>. Acesso em: 20 jan. 2018.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n. 5788, de 1990. Estabelece diretrizes gerais da Política Urbana e dá outras providências. Diário do Congresso Nacional, ano XLV, n. 126, 10 de outubro de 1990, p.10241-10249.
BRASIL. Lei n. 10257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da Política Urbana e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 20 jan. 2018.
BRASIL. Lei n. 12608, de 10 de abril de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil - PNPDEC; dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil -SINPDEC e o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil - CONPDEC; autoriza a criação de sistema de informações e monitoramento de desastres; altera as Leis nos 12.340, de 1o de dezembro de 2010, 10.257, de 10 de julho de 2001, 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.239, de 4 de outubro de 1991, e 9.394, de 20 de dezembro de 1996; e dá outras providências.. Disponível em: . Acesso em: 10 jul. 2018.
BRASIL. Conselho da Cidade. Resolução Recomendada n. 34, de 01 de julho de 2005. Diário Oficial da União, 14 de julho de 2005, seção I. p.89.
CARDOSO, A. L. Reforma Urbana e planos diretores: avaliação da experiência recente. Cadernos IPPUR, Rio de Janeiro, ano XI, n.1 e 2, p.79-111, 1997.
CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO (CAU). Resolução n. 51. Atribuições Privativas de Arquitetos e Urbanistas. Disponível em: <http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2013/11/AFNFolderresolucao51.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2018.
COSTA, L. A. M. O todo da parte: Urbanismo, Planejamento e o Processo Social de Construção da Cidade no Início do Século 20. Revista Pós, v. 19, n. 32, p. 136-157, dez. 2012.
DE GRAZIA, G. Estatuto da Cidade: Uma Longa História com Vitórias e Derrotas. In: OSÓRIO, L. M. (Org.) Estatuto da Cidade e Reforma Urbana: Novas Perspectivas para as Cidades Brasileiras. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2002. p.15-37.
FRAMPTON, K. História Crítica da Arquitetura Moderna. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008. 529p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Munic 2015. Disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/perfilmunic/2015/default.shtm Acesso em: 10 dez 2017.
INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL (IAB). Planos Diretores para as cidades pequenas e médias do Brasil. Revista Arquitetura, Rio de Janeiro, n. 22, p.5-12, abr. 1964.
INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL (IAB). s.HRu. sem. de habitação e reforma urbana. Revista Arquitetura, Rio de Janeiro, n. 15, p.17-24, set. 1963.
LEME, M. C. S. A Formação do Pensamento Urbanístico no Brasil, 1895-1965. In: LEME, M. C. S. (Org.). Urbanismo no Brasil 1895-1965. 2. ed. Salvador: EDUFBA, 2005. p.20-38.
MELLO, L. I. R. A. O governo das cidades. Boletim do Instituto de Engenharia, v. 10, n. 44, 1929.
RIBEIRO, C.; PONTUAL, V. A Reforma Urbana nos primeiros anos da década de 1960. Arquitextos, ano 10, v.109, n.7, jun. 2009.
SANTOS JR., O. A. Reforma Urbana: Por um novo modelo de planejamento e gestão das cidades. Rio de Janeiro: FASE / UFRJ-IPPUR, 1995.
SANTOS JR., O. A..; MONTANDON, D. T. Sínteses, Desafios e Recomendações. In: SANTOS JR., O. A.; MONTANDON, D. T. (orgs). Os Planos Diretores Municipais Pós-Estatuto da Cidade: balanço crítico e perspectivas. Rio de Janeiro: Letra Capital: Observatório das Cidades: IPPUR/UFRJ, 2011. p.27-56.
SOUZA, M. L. Mudar a Cidade: Uma Introdução Crítica ao Planejamento e à Gestão Urbanos. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
VILLAÇA, F. As Ilusões do Plano Diretor. São Paulo: Mimeo, 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Selena Duarte Lage e Lage, Lauro Luís Francisco Filho
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).