Sistema Urbano e Segregação da Mulher Periférica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1095.v11p171-186Palavras-chave:
Infraestrutura Urbana, Mobilidade, Emprego, Habitação, GêneroResumo
A oferta de infraestrutura urbana é condicionada por diversos fatores. Um destes fatores se concentra na matriz emprego-trabalho-renda, que segrega a maior oferta de infraestrutura em torno das áreas onde habitam e circulam a parcela da sociedade de mais alta renda. Também forçosamente condicionado à moldura ditada pela matriz emprego-trabalho-renda está o gênero feminino, seu comportamento e modo de vida. Assim, um outro fator que conforma a oferta de infraestrutura urbana é relacionado ao gênero feminino, com destaque para a segregação da mulher no entorno de periferias precarizadas e excludentes. Logo, estudar a relação entre infraestrutura urbana e o atendimento das necessidades próprias do gênero feminino é um percurso necessário para o desenho de políticas de gestão urbana mais efetivas e menos desiguais para a mulher. Contribuindo nesta tarefa, este ensaio trata da conexão entre oferta de infraestrutura e o gênero feminino, expondo uma realidade pautada pela feminização da pobreza e pelo planejamento de infraestrutura que desconsidera as necessidades da mulher. A conexão da mulher periférica com a infraestrutura urbana das grandes cidades brasileiras é visitada em três perspectivas da vida cotidiana: habitação, trabalho e mobilidade.
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