Sangue, morte, medo: a força e permanência do horror na literatura e nas artes
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.i140p75-88Palavras-chave:
Horror, Medo, Terror, Literatura, MitologiaResumo
O artigo intenta esmiuçar a origem, características, principais divisões ou subgêneros e a pertinência do horror nas artes, principalmente na literatura. Ainda busca distinguir horror das noções de medo e terror, uma vez que frequentemente os três conceitos são confundidos entre si, portanto, essa é uma demarcação difícil e até mesmo polêmica. Para tanto, conceitos de psicanálise, teoria literária, mitologia, história e até biologia são mobilizados, para assim desvendar a imensa penetração e o intenso fascínio que este gênero fantástico exerce no imaginário desde épocas muito recuadas, e também buscar compreender sua posição na cultura da modernidade desde a sua afirmação nesta, no segundo quartel do século XVIII.
Downloads
Referências
ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. “O conceito de esclarecimento“, in Dialética do esclarecimento – fragmentos filosóficos. 2ª ed. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1986, pp. 19-52.
ARISTÓTELES. Poética. Trad. Jaime Bruna. São Paulo, Cultrix, 2014.
CARROL, N. A filosofia do horror ou paradoxos do coração. Campinas, Papirus, 1999.
FRANÇA, J. “O horror na ficção literária: reflexão sobre o ‘horrível’ como uma categoria estética”. Anais do XI Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada. São Paulo, Abralic, 2008.
FREUD, S. Inibição, sintoma e medo. Trad. Renato Zwick. Porto Alegre, L&PM, 2016.
HANNS, L. Dicionário comentado do alemão de Freud. Rio de Janeiro, Imago, 1996.
HESÍODO. Teogonia – a origem dos deuses. Trad. e estudo Jaa Torrano. São Paulo, Iluminuras, 2001.
LOVECRAFT, H. P. O horror sobrenatural na literatura. Trad. João Guilherme Linke. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1987.
LUKÁCS, G. A teoria do romance. Trad. José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo, Livraria Duas Cidades/Editora 34, 2000.
NESTAREZ, O. “Body horror: quando o corpo humano se torna matéria-prima do medo”. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2021/07/body-horror-quando-o-corpo-humano-vira-materia-prima-do-medo.html. Acesso em: 21/dez./2022.
NIETZSCHE, F. A filosofia na era trágica dos gregos. Trad. e organização Fernando R. de Moraes Barros. São Paulo, Hedra, 2008.
RADCLIFFE, A. “Do sobrenatural na poesia”. Trad. Marcos Balieiro. Prometheus – Journal of Philosophy, 11 (31), 2019, pp. 253-67. Disponível em: https://periodicos.ufs.br/prometeus/article/view/12716. Acesso em: 21/fev./2022.
SCOTUZZI, N. S. Relances vertiginosos do desconhecido – A desolação da ciência em H.P. Lovecraft. Rio Claro, Diário Macabro, 2019.
SPALDING, T. O. Dicionário de mitologia greco-latina. Belo Horizonte, Itatiaia, 1965.
WALPOLE, H. O castelo de Otranto. Trad. Alberto Alexandre Martins. São Paulo, Nova Alexandria, 1994.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista USP
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Pertence à revista. Uma vez publicado o artigo, os direitos passam a ser da revista, sendo proibida a reprodução e a inclusão de trechos sem a permissão do editor. |