“Indians, Jesuits and Bandeirantes” nativism, evolutionism and myths of progress in Júlio de Mesquita Filho’s “South American Essays”, in the 1940s

Authors

  • Francisco Adriano Leal Macêdo Universidade Federal do Amazonas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2022.204465

Keywords:

Social Thought, Intellectuals, Nation

Abstract

The work discusses how a certain thought marked by positivism and evolutionism shaped the work of the journalist and intellectual Júlio de Mesquita Filho in his analysis of Brazil, reflecting on how it contributed to crystallize key characters of a proto-history of Brazil , bequeathing to the Indigenous people a role of passivity, as it establishes a connection with a linear vision of Universal History. The text starts from propositions expressed in the book “Ensaios Sul-Americanos”, written in the first half of the 1940s, during the second of the two exiles suffered by the subject in question. I seek to intertwine dimensions of his trajectory as a character-writer, demonstrating how a mythical cosmovision of Brazil arises from dialogues with Eurocentric and nativist thinking, in the quest to promote the naturalization of a linear, homogeneous and empty time. The character Mesquita Filho is projected as the operator of a certain Philosophy of History that understands the West as the engine of Civilization, and in this writing venture he engenders indirect dialogues with contemporaries, such as Gilberto Freyre, who in turn founded the notion of ‘plasticity’” Portuguese. Authors who contribute to situate the proposed debate: Eric J. Hobsbawm, Darcy Ribeiro, Marilena Chauí and Walter Benjamin, defining historiographical and theoretical concepts. Contributing to the conclusions is the thought of Eduardo Viveiros de Castro and his postulates on Amerindian thought, which reflects on the cosmological clash with European naturalism, of which Mesquita Filho is a part.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALBUQUERQUE JUNIOR, D. M. de. Narrar vidas, sem pudor e sem pecado. albuquerque: revista de história, v. 12, n. 24, p. 12-23, 26 dez. 2020. Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/AlbRHis/article/view/12157>. Acesso em: 17 de jan. 2021.

ALIMONDA, Héctor & FERGUSON, Juan. “Imagens desertos y memoria nacional – as fotografias da campanha do exército argentino contra os índios, 1879”. In: Anais eletrônicos do III Encontro da Anphlac. São Paulo, 1998.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. Metafísicas Canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: UBU Editora, n-1 edições, 2018.

CASTRO, Eduardo Viveiros de. A inconstância da alma selvagem, e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.

CERTEAU, Michel de. A operação historiográfica. In: CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Tradução: Maria de Lourdes Menezes. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.

CHAUI, Marilena; ROCHA, André (Org.). Manifestações ideológicas do autoritarismo brasileiro. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.

CONRAD, Sebastian. O que é a história global. Lisboa: Edições 70, 2019.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collège de France, proferida em 2 de dezembro de 1970. Tradução: Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Loyola, 1996.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.

HOBSBAWM, Eric J. Os intelectuais: papel, função e paradoxo. In: HOBSBAWM, Eric J. Tempos fraturados: Cultura e sociedade no século XX. Tradução Berilo Vargas. 1ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

HOBSBAWM, Eric J. O Caubói americano: um mito internacional? In: HOBSBAWM, Eric J. Tempos fraturados: Cultura e sociedade no século XX. Tradução Berilo Vargas. 1ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

MACÊDO, Francisco Adriano Leal. Janela sobre a metrópole órfica: Júlio de Mesquita Filho e a cidade-mundo que habitou. Vozes, Pretérito & Devir, Ano VII, v. XI, n. I, p. 208-228, 25 maio 2020.

MACÊDO, Francisco Adriano Leal.; BRITO, F. L. C. B. A ideologia da cultura brasileira nas universidades. albuquerque: revista de história, v. 12, n. 24, p. 198-212, 26 dez. 2020.

MARTINS, Renato. (Org.). Sérgio Buarque de Holanda (Encontros). Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009.

MARTIUS, Karl Friedrich Philipp Von. Como se deve escrever a história do Brasil. Revista do IHGB. Rio de janeiro 6 (24): 389-411. 1845.

MESQUITA FILHO, Júlio. Ensaios Sul-Americanos. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1946.

MESQUITA FILHO, Júlio. Índios, jesuítas e Bandeirantes. In: MESQUITA FILHO, Júlio. Ensaios Sul-Americanos. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora, 1946.

MESQUITA FILHO, Júlio. O Brasil e a Revolução Industrial da Inglaterra. In: MESQUITA FILHO, Júlio. Ensaios Sul-Americanos. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora, 1946.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: companhia das letras, 2006.

SALONE, Roberto. Irredutivelmente liberal: Política e cultura na trajetória de Júlio de Mesquita Filho. São Paulo: Albatroz Editora, 2009.

Published

2022-06-26

Issue

Section

Artigos

How to Cite

“Indians, Jesuits and Bandeirantes” nativism, evolutionism and myths of progress in Júlio de Mesquita Filho’s “South American Essays”, in the 1940s. (2022). Intelligere, 14, 64-83. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2022.204465