Narrativas autobiográficas de Ferreira Gullar

entre o neovanguardismo e a arte engajada

Authors

  • Reginaldo Sousa Chaves Universidade Estadual do Piauí (UESPI).

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2019.150324

Keywords:

Ferreira Gullar, Autobiografia, Engajamento

Abstract

The current article aims to discuss the autobiographical narratives of Ferreira Gullar, a Brazilian intellectual and poet. In the genre diversity written by the author, we can identify an “autobiographical moment” in which he recurrently reorganizes his relations with the past from the present urgency. In these writings about himself there is the intention to position his route in a place of legitimacy in the field of forces of the Brazilian literature and culture. This work addresses the rereadings performed by the poet about his own path during the period from his performance in the concrete and neoconcretes neovanguards until his affiliation to the engaged forms of leftist agitation. The narratives about himself that Gullar performed between the late fifties and the early sixties found effectiveness through the advances and retreats of his aesthetic and political stances. These positions have an intrinsic relationship with the social and cultural turbulences in Brazil during the outbreak of the state of exception in 1964 and the intense repression after the AI-5. In these writings about himself, the poet give us a glimpse of both ruptures and permanences.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALMEIDA, Rodrigo Davi. Sartre no Brasil: Expectativas e repercussões. Campinas: Editora UNESP, 2009.
BARCELLOS, Jalusa. CPC da UNE: uma história de paixão e consciência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
BENJAMIN, Walter. Rua de Mão Única. Infância berlinense: 1900. Tradução: João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica: 2013.
BUARQUE DE HOLANDA, Heloísa. Impressões de viagem: CPC, vanguarda e desbunde (1960-70). São Paulo: Brasiliense, 1981.
BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo: vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro. São Paulo: Cosac Naify, 1999.
CAMPOS, Augusto. HAROLDO, Campos PIGNATARI, Décio. Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos 1950-1960. São Paulo: Ateliê, 2006.
DAMIÃO, Carla Milani. Sobre o Declínio da “Sinceridade”. Filosofia e autobiografia de Jean-Jacques Rousseau a Walter Benjamin. São Paulo: Edições Loyola, 2006.
DE MAN, Paul. Autobiografia como Des-figuração. Sopro, no 71, maio/2012. Disponível em: www.culturaebarbarie.org. Acesso: 24/09/2015.
DUNN, Christopher. Brutalidade Jardim: A tropicália e o surgimento da contracultura brasileira. São Paulo: UNESP, 2009.
GULLAR, Ferreira. Poesia Completa, Teatro e Prosa. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2008a.
_______. BASTOS, Oliveira. JARDIM, Reynaldo. Poesia Concreta: Experiência Intuitiva. Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, 2ª Caderno, Rio de Janeiro, p.07, 23 de Junho, 1957. In: REZENDE, Renato. SANTOS, Roberto Corrêa dos. COHN, Sérgio (Org.). Sdjb: uma antologia. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2016.
_______. Ferreira Gullar conversa com Ariel Jiménez. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
_______. Cultura posta em Questão, Vanguarda e Subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.
_______. Experiência neoconcreta: Momento limite da arte. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
_______. Autobiografia poética e outro textos. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.p.37-39. Narrado anteriormente, com variantes, em Idem. Experiência neoconcreta: Momento limite da arte. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar Escrever Esquecer. São Paulo: Editora 34, 2006.
LEJEUNE, Philippe. O Pacto Autobiográfico: de Rousseau à Internet. Belo Horizonte: UFMG, 2014.
NAPOLITANO, Marcos. Cultura brasileira: (1950-1980). São Paulo: Contexto, 2001.
RIDENTI, Marcelo. Brasilidade revolucionária: um século de cultura e política. São Paulo: Editora Unesp, 2010.
SELIGMAN-SILVA, Márcio. Apresentação da Questão: A Literatura do Trauma. In: ______. (org.). História, Memória e Literatura: o testemunho da era das catástrofes. Campinas: Ed. UNICAMP, 2003.
SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
________. Sequências Brasileiras: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
________. O Pai de Família e outros estudos. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Published

2019-12-30

Issue

Section

Artigos

How to Cite

Narrativas autobiográficas de Ferreira Gullar: entre o neovanguardismo e a arte engajada. (2019). Intelligere, 8, 15. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2019.150324