O caminho de Minas Gerais a Goiás: viajantes, povoadores, modelos e imagens

Autores

  • Marcos Horácio Gomes Dias Museu de Arte Sacra de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2595-5802.v1i1p81-105

Palavras-chave:

Viajantes, Arte (São Paulo, Minas Gerais, Goiás), Modelos artísticos, Religião, Barroco

Resumo

A problemática deste artigo é referente ao contexto do surgimento da arte mineira e goiana no século XVIII, marcada pelas origens paulistas e pela colonização portuguesa e a afirmação dos valores católicos cristãos. As obras desse período são condicionadas pela economia do ouro e por uma sociedade baseada em cânones aristocratas e escravocratas. A história de São Paulo, Minas Gerais e Goiás caracteriza-se, acima de tudo, por uma religiosidade assinalada pela forte presença da organização laica das ordens terceiras, confrarias e irmandades. Nesse sentido, todo um aparato artístico foi importante para mostrar, distinguir e ordenar essa sociedade que ficara rica rapidamente, ao mesmo tempo em que grandes setores dessa mesma sociedade estivessem pobres.

Biografia do Autor

  • Marcos Horácio Gomes Dias, Museu de Arte Sacra de São Paulo

    Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012), mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (2000), pós-graduado em Arte e Cultura Barroca pela Universidade Federal de Ouro Preto (1999) e graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1995). Atualmente é professor do Museu de Arte Sacra de São Paulo, da Universidade São Judas Tadeu e do Centro Universitário Assunção. Criador do Canal Marcos Horácio, com o apoio da Eda filmes, para a produção de conteúdo sobre arte barroca, arte sacra, simbolismo, alegoria e resenha de livros.

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Publicado

2018-09-11

Edição

Seção

Dossiê: Viajantes