Moda, consumo e gênero na corte de d. Pedro II (Rio de Janeiro 1840-1889)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2019.137842Palabras clave:
gênero, consumo, moda, Império, BrasilResumen
O crescimento da produção industrial de mercadorias no XIX é acompanhado de uma transformação importante na outra ponta da economia, a do consumo. A crescente relevância social da mercadoria é resultado de mudanças na forma de produzir, mas também é consequência do exercício cotidiano da vida social. Nesse processo, há uma redefinição do papel social da mulher que passa a exercer uma parte considerável da tarefa de escolher o que ela e a família devem consumir no dia a dia. No Brasil e especialmente na corte do Rio de Janeiro, o século XIX significou para as mulheres da elite econômica adquirir mercadorias importadas essencialmente da Europa. Neste trabalho é analisado o consumo de roupas e de objetos relacionados à moda no Rio de Janeiro.
Descargas
Referencias
Abreu, Marcella dos Santos. Paquetes, modas e salões: o desejo mimético nas crônicas da revista popular (1859-1862). Anais do Seta, vol. 2, 2008, p. 7-12.
Alencastro Luís Felipe. Vida privada e ordem privada no Império. In: História da vida privada no Brasil, vol. II. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
APPADURAI, Arjun (ed.). The social life of things. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.
Araújo, Marcelo de. Dom Pedro II e a moda masculina na época vitoriana. São Paulo: Estação da Cores e Letras, 2012.
BARBUY, Heloísa. A Exposição Universal de 1889: visão e representação na sociedade industrial. São Paulo: Loyola, 1999.
BARMAN, Roderick. Princesa Isabel do Brasil: gênero e poder no século XIX. São Paulo: Editora Unesp, 2002.
Barthes, Roland. O sistema da moda. Lisboa: Estampa, 1974.
BAUDOT, François. Moda do século. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas, vol. I, II, III. São Paulo: Brasiliense, 2000.
BONADIO, Maria Claudia. Moda e sociabilidade. São Paulo: Senac, 2007.
CALANCA, Daniela. História social da moda. São Paulo: Senac, 2008.
CERTEAU, Michel; GIARD, Luce; MAYOL, Pierre. A invenção do cotidiano, 2. Petrópolis: 1992.
CRANE, Diana. A moda e seu papel social. Classe, gênero e identidade das roupas. São Paulo: Senac, 2006.
DEVEZA, Guilherme. Um precursor do comércio francês no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1976. (Coleção Brasiliana).
DOUGLAS, Mary. O mundo dos bens. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2013.
ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
EXPILLY, Charles. Mulheres e costumes do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1977.
FEIJÃO, Rosane. Moda e modernidade na belle époque carioca. São Paulo: Estação das Letras, 2011.
Fernandes, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1974.
FISHER, Gayle V. Pantaloons and power. A nineteenth-century dress reform in the United States. Kent: The Kent State University Press, 2001.
FREITAS, Marcus Vinicius. Hartt: expedições pelo Brasil imperial, 1865-1878. Rio de Janeiro: MetaLivros, 2001.
FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. São Paulo: Graal, 2005.
FREYRE, Gilberto. Modos de homem & modas de mulher. Rio de Janeiro: Record, 1986.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e mocambos. São Paulo: Graal, 2004.
GRAHAM, Richard. Grã-Bretanha e o início da modernização no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1973.
GRINBERG, Keila & SALLES, Ricardo. O Brasil imperial, vol. III. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
Grumbach Didier. Histórias da moda. São Paulo: Cosac & Naify, 2009.
HARVEY, John. Homens de preto. São Paulo: Editora da Unesp, 2001.
HOLANDA, Sergio. Capítulos de história do Império. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
HOLLANDER, Anne. O sexo e as roupas. A evolução do traje moderno. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.
JENSEN, Joan & Davidson, Sue (org.). A needle, a bobbin, a strike: women needleworkers in America. Filadélfia: Temple University Press, 1984.
Köhler, Carl. A history of costume. Nova York: Dover Publications, 1963.
LAGO, Pedro & CORREA, Bia. Coleção Princesa Isabel, fotografia do século XIX. Rio de Janeiro: Capivara, 2008.
LEITE, Miriam Moreira. A condição feminina no Rio de Janeiro do século XIX. São Paulo: Hucitec, 1981.
LEVER, James. Costume and fashion: a concise history. Londres: Thames & Hudson, 1995.
Lipovetsky, Gilles. O império do efêmero. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
MONIZ, Heitor. A corte de d. Pedro II. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1931.
MORICONI, Martini & GEORGE-HOYAU. Le dictionnaire de la mode contemporaine. Genebra: Minerva, 1999.
PADILHA, Marcia. A cidade como espetáculo: publicidade e vida urbana em São Paulo dos anos 20. São Paulo: Annablume, 2001.
PEREIRA, Batista. Figuras do Império e outros ensaios. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1975 (Coleção Brasiliana).
Perrot Michelle. Os excluídos da história: operários, mulheres, prisioneiros. São Paulo: Paz e Terra, 1988.
Perrot Michelle. Mulheres públicas. São Paulo: Editora Unesp, 1997.
Perrot Michelle. As mulheres ou os silêncios da história. Bauru: Edusc, 2005.
Roche, Daniel. A cultura das aparências. Uma história da indumentária. São Paulo: Senac, 2005.
Roche, Daniel. História das coisas banais. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
Roche, Daniel. O povo de Paris. São Paulo: Edusp, 2004.
ROSE, Sonya. Gender and class in modern Europe. Ítaca: Cornell University Press, 1996.
SCHLERETH, Thomas. Victorian America: transformation in everyday life. Nova York: Harper & Collins, 1992.
SCHWARZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Scott, Joan W. A mulher trabalhadora. In: História das mulheres, o século XIX. Lisboa: Afrontamento, 1994.
SILVA, Maria Beatriz Nizza da. Cultura e sociedade no Rio de Janeiro (1808-1821). São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1978.
SORCINELLI, Paolo. Estudar a moda. Corpos, vestuário, estratégias. São Paulo: Senac, 2003.
SOUZA, Gilda de Mello e. O espírito das roupas: a moda no século dezenove. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
Stallybrass, Peter. O casaco de Marx: roupas, memória e dor. Belo Horizonte: Autêntica, 2008 (Coleção Mimo).
STEVENSON, N. J. Cronologia da moda: de Maria Antonieta a Alexander McQueen. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
SUTHERLAND, Daniel E. The expansion of every day life, 1860-1876. Fayetteville: The University of Arkansas Press, 2000.
Tadeu, Tomaz. Baudelaire, Balzac e D’Aurevilly (escritos). In: Idem (org.). Manual do dândi: a vida com estilo. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
WALKLEY, Christina & FOSTER, Vanda. Crinoline and crimping irons. Londres: Peter Owen, 1978.
XIMENES, Maria Alice. Moda e arte na reinvenção do corpo feminino do século XIX. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2009.
ZOLA, Émile. O paraíso das damas. São Paulo: Estação Liberdade, 2007.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2019 Revista de História
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ (CC BY). Esta licença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original. É a licença mais flexível de todas as licenças disponíveis. É recomendada para maximizar a disseminação e uso dos materiais licenciados.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (veja O Efeito do Acesso Livre).