Modernismo e contexto político: a recepção da arte moderna no Correio da Manhã (1924-1937)

Autores

  • Rafael Cardoso Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2015.98695

Palavras-chave:

modernismo, artes plásticas, anticomunismo

Resumo

O presente artigo examina a discussão de “arte moderna” no jornal Correio da Manhã, um dos principais diários brasileiros do século 20, entre os anos de 1924 e 1937. Ao seguir detalhada e sistematicamente a cobertura dada pelo jornal a esse tema, constata-se que o assunto era percebido à época de modo bastante distinto da narrativa ascendente construída pela historiografia posterior. O artigo dedica atenção particular à correlação entre arte moderna e o contexto político imediato, focando nas conexões do meio artístico com debates ideológicos vigentes. Evidencia-se a constituição gradativa de um discurso associando arte moderna a comunismo, que atinge seu ápice com uma campanha anticomunista inflamada no momento logo após a sublevação militar de novembro de 1935. É considerado e revisto o papel de atores importantes no percurso histórico da arte moderna no Brasil, de diversas tendências – com destaque para Graça Aranha, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, José Oiticica e Carlos Maul. O propósito da pesquisa é fornecer dados originais que complementem a visão consagrada do movimento modernista, a qual evidencia tendência a privilegiar fontes produzidas pelos próprios atores do movimento e seus herdeiros, assim como fontes exclusivas às artes plásticas. A compreensão alargada da recepção da arte moderna torna possível avaliar com mais nuance e complexidade seu impacto histórico.

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Publicado

2015-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CARDOSO, Rafael. Modernismo e contexto político: a recepção da arte moderna no Correio da Manhã (1924-1937). Revista de História, São Paulo, n. 172, p. 335–365, 2015. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2015.98695. Disponível em: https://journals.usp.br/revhistoria/article/view/98695.. Acesso em: 3 dez. 2024.