Paisagens sonoras: memórias de uma cidade fabril (Rio Grande, RS - 1950-1970)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2023.200732Palavras-chave:
Paisagem sonora, Memória soora, Passado fabril, Fábrica Rheigantz, Fábrica Ítalo-brasileiraResumo
O artigo aborda a constituição da paisagem sonora industrial da cidade do Rio Grande, Rio Grande do Sul, partir de duas fábricas têxteis: Rheingantz e Ítalo-brasileira (1950-1970). O texto analisa como esta paisagem é evocada por antigos trabalhadores e moradores, partindo de sinais sonoros como o apito da fábrica e outros que remetem ao universo fabril. O artigo se sustenta no conceito de paisagem sonora – soundscape –, de Raymond Murray Schafer, se aproximando do que o autor traduz como “comunidade acústica”. Metodologicamente o artigo se baseia no campo da história das sensibilidades e na importância do regime sensorial para as relações sociais. Os resultados do artigo apontam para um inventário sonoro, para a diversidade de emoções e percepções envolvidas e destacam o papel que os sons desempenham na construção memorial e identitária.
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