Instruções para a boa escrita da história na Espanha (séculos XVI – XVII)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2019.143124Palavras-chave:
Escrita da história, Espanha, séculos XVI e XVII, tratados de história, crônicasResumo
Entre os séculos XVI e XVII, o saber histórico é enriquecido, na Espanha, não apenas com a escrita de crônicas que reportam as novidades relativas ao Novo Mundo, mas também com tratados elaborados com a finalidade de prescrever regras e diretrizes para a promoção de uma escrita correta e apurada sobre o passado. Tendo em vista que as crônicas não deixam de expor em seus prólogos e dedicatórias conselhos a respeito da boa maneira de registrar os acontecimentos, o objetivo deste artigo é analisar esses dois gêneros, a fim de examinar em que medida ajudaram a fixar um mesmo saber a respeito da escrita da história. Em outras palavras, partindo, tanto de crônicas como a Historia de las Indias (1561), do frei Bartolomé de Las Casas, em que o prólogo é utilizado como suporte para a defesa de seus objetivos, quanto de tratados que seguiram um roteiro semelhante ao Genio de la história (1650), do frei Jerónimo de San José, a proposta deste trabalho é examinar o modo pelo qual letrados espanhóis dessa época dissertaram sobre o seu ofício.
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