Relações contratuais estratégicas no setor automotivo

Autores

  • Cleiciele Albuquerque Augusto Universidade Estadual de Maringá
  • José Paulo de Souza Universidade Estadual de Maringá
  • Silvio Antônio Ferraz Cário Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.1016/j.rausp.2017.08.006

Palavras-chave:

Contratos, Mensuração de atributos, Ativos específicos, Recursos e capacidades estratégicos, Montadoras de veículos

Resumo

Neste artigo, objetivou-se compreender as relações contratuais por meio da complementaridade da Teoria dos Custos de Transação, Teoria dos Custos de Mensuração e Visão Baseada em Recursos. Para tanto, buscou-se definir um modelo analítico adequado ao objetivo de complementaridade, considerando-se as categorias de cada abordagem. A proposição elaborada indica que, na possibilidade de mensuração dos atributos dos produtos, a relação contratual pode ser utilizada para garantir os direitos de propriedade sobre ativos de elevada especificidade e recursos estratégicos, evitando-se os custos da integração vertical. Em um segundo momento, a partir de uma pesquisa qualitativa descritiva, com recorte no ano de 2015, realizou-se a fase empírica da proposta. Nessa fase, analisou-se a proposição de complementaridade a partir de dados obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas com gerentes de logísticas, produção e compras das montadoras automotivas localizadas no Estado do Paraná, e alguns de seus fornecedores diretos. A proposição foi ratificada ao se constatar que, no caso de autopeças de elevada especificidade, a capacidade de mensuração de suas dimensões garante a proteção de direitos de propriedade específicos e residuais. No caso dos recursos estratégicos, na possibilidade de mensuração e controle, a contratação permitiu a aquisição de diversas inovações geradoras de vantagem competitiva (bluetooth, o GPS integrado no veiculo, com cartão SD, o sensor de ré, air bags). Observou-se que, mesmo se constituindo em recursos valiosos e raros para as montadoras no seu lançamento, esse fato não impediu que esses fossem adquiridos por intermédio da contratação. Conclui-se que essa ratificação pode oferecer um caminho alternativo ao racional da TCT, proposto por Williamson, e à orientação pela integração de recursos, como forma de controle, preconizado pela VBR, o que ainda carece de maiores estudos visando a superar as limitações ainda presentes no modelo apresentado.

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Strategy & Business Economics

Como Citar

Relações contratuais estratégicas no setor automotivo. (2017). Revista De Administração, 52(4), 443-455. https://doi.org/10.1016/j.rausp.2017.08.006