O sublime, as mulheres e os negros nas Observações do jovem Kant
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i17p74-92Palabras clave:
Sublime, Kant, Iluminismo, Filosofia da históriaResumen
O objetivo deste artigo é perseguir as consequências teóricas das caracterizações estético-antropológicas e naturalistas dos gêneros e das raças fundadas na categoria de sublime, tal como apresentada nas Observações. Com isso, gostaríamos de mostrar como a oposição entre bela aparência e sublime virtude, por um lado, e as dualidades e gradações internas do sublime, por outro, levam o jovem Kant a realizar passagens, proibidas por ele mesmo em sua exposição, entre o campo pragmático das observações e o campo teórico da filosofia, implicando em conclusões que representam, num quadro maior, as contradições possíveis do discurso iluminista, sobretudo na forma da relação metodologicamente irmanada entre história natural, filosofia da história, crítica de gosto e antropologia. Entrementes, o saldo da pesquisa detida do sublime nesse ensaio do período pré-crítico revela muitas marcas que persistem e se desenvolvem na compreensão kantiana dessa noção no período crítico, como sua relação com o fanatismo (Schwärmerei), suas dualidades e sua condição como sentimento moral em si mesmo e também moralmente formativo.
Descargas
Referencias
HUME, D. A arte de escrever ensaio e outros ensaios (morais, políticos e literários). Trad. Márcio Suzuki e Pedro Paulo Pimenta. São Paulo: Iluminuras, 2008.
KANT, I. As Observações sobre o sentimento do belo e do sublime. Trad. Vinicius Figueiredo. São Paulo: Clandestina, 2018.
RENNÓ, L. “O que a Teoria do Céu tem a dizer sobre as raças humanas (mas que o jovem Kant não declara)?”. In: Studia Kantiana, vol. 18, nº 2, ago. 2020.
SUZUKI, M. A forma e o sentimento do mundo: jogo, humor e arte de viver na filosofia do século XVIII. São Paulo: Editora 34, 2014.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.