O médico legista e o etnógrafo: uma análise comparativa de duas obras de Nina Rodrigues

Autores/as

  • Rachel Rua Baptista Bakke Universidade de São Paulo

Palabras clave:

raça, etnografia, religiões afro-brasileiras

Resumen

Este artigo tem como objetivo revisitar duas obras do médico legista maranhense Raimundo Nina Rodrigues a fim de refletir a respeito de uma aparente paradoxo : ao mesmo tempo que é reconhecido como um dos expoentes das teorias racistas, Nina Rodrigues foi um dos pioneiros em transformar os terreiros de candomblé em “objeto de ciência”, dando a estes um tratamento e reconhecimento bastante distintos do então corriqueiro. 

Biografía del autor/a

  • Rachel Rua Baptista Bakke, Universidade de São Paulo

    Mestre em Antropologia pela USP e Doutoranda do PPGAS/USP, bolsista FAPESP de maio de 2007 a fevereiro de 2011.

Referencias

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Site da sociedade brasileira de história da medicina: http://www.sbhm.org.br/index.asp?p=medicos_view&codigo=200 , consultado em 20/07/2007

Publicado

2011-07-29

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

Bakke, R. R. B. (2011). O médico legista e o etnógrafo: uma análise comparativa de duas obras de Nina Rodrigues. Ponto Urbe, 8, 1-13. https://journals.usp.br/pontourbe/article/view/218222