Osteologia e morfologia do condrocrânio de Gastrophryne carolinensis (Anura: Microhylidae), com uma revisão da diversidade osteológica dos Microhylidae do Novo Mundo.

Autores

  • Linda Trueb
  • Raul Diaz
  • David C. Blackburn

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9079.v10i2p99-135

Palavras-chave:

Condrocrânio larval, diversidade osteológica, esqueletogênese, filogenia, Gastrophryninae, osteologia.

Resumo

A família Microhylidae é muito diversificada e cosmopolita. Análises moleculares recentes demonstraram seu monofiletismo—uma conclusão sustentada pela morfologia larval, ao lado do modo único de protrusão da língua nos adultos e de um conjunto de características osteológicas e miológicas aparentemente associadas à essa inovação na alimentação. Apesar dessa restrição funcional, a diversidade osteológica provavelmente excede à de qualquer outra família de anuros, e essa diversidade é especialmente evidente nos Microhylidae do Novo Mundo de dois clados, Gastrophryninae e Otophryninae. Para facilitar as comparações entre esses clados, descrevemos aqui o condrocrânio larval, o desenvolvimento do esqueleto e a osteologia do adulto de Gastrophryne  carolinensis. Fornecemos um contexto filogenético para essas comparações por meio de uma nova análise filogenética de 45 gêneros de Microhylidae baseada em dados de um locus mitocondrial e três loci nucleares obtidos em estudos prévios publicados. Quase todas as relações dentro do grupo monofilético Gastrophryninae são robustamente suportadas. Com base nesses resultados, concluímos que os condrocrânios das larvas dos Gastrophryninae compartilham características morfológicas que os distingue de Otophryne e de outros anuros. Entre os adultos, todos os Gastrophryninae mostram
evidências de uma mudança na parte anterior das maxilas relacionada a especializações na região ótica e ao alinhamento do planum antorbitale, a parede de cartilagem que separa a cápsula nasal das órbitas. Os infra-rostrais das larvas e as mandíbulas dos adultosm são desprovidos de uma sínfise
mandibular típica dos anuros, e o osso mentomeckeliano do adulto é modificado com um processo especial. A porção mais variável do crânio é o palato, no qual o neopalatino geralmente está ausente e o vômer pode ser simples ou dividido. Os processos póstero-mediais dos hióides dos Gastrophyninae
tendem a ser elaborados, e alguns táxons possuem uma fenda transversal peculiar na porção posterior do corpo do hióide. Os elementos zonais anteriores da cintura escapular são reduzidos ou ausentes, e as porções posteriores, aumentadas e deslocadas posteriormente. A maioria dos táxons possui oito vértebras pré-sacrais; dependendo do táxon, as última vértebra pré-sacral é anficélica ou procélica.

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Biografia do Autor

  • Linda Trueb
    Biodiversity Institute, Division of Herpetology, University of Kansas. Stowers Institute for Medical Research and The University of Kansas
    Medical Center, Anatomy and Cell Biology.
  • Raul Diaz
    Stowers Institute for Medical Research and The University of Kansas Medical Center, Anatomy and Cell Biology
  • David C. Blackburn
    Biodiversity Institute, Division of Herpetology,  University of Kansas. Section of Herpetology, Department of Vertebrate Zoology & Anthropology, California Academy of Sciences.

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Publicado

2012-10-10

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Trueb, L., Diaz, R., & Blackburn, D. C. (2012). Osteologia e morfologia do condrocrânio de Gastrophryne carolinensis (Anura: Microhylidae), com uma revisão da diversidade osteológica dos Microhylidae do Novo Mundo. Phyllomedusa: Journal of Herpetology, 10(2), 99-135. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9079.v10i2p99-135