Eficiência da fotoidentificação dos padrões de cores inguinais de Pithecopus gonzagai (Anura: Phyllomedusidae) do nordeste do Brasil

Resumo

A pesquisa de monitoramento de animais envolvendo técnicas de marcação-recaptura requer cada vez mais métodos não invasivos de identificação individual. O método de identificação fotográfica (PIM) é uma excelente ferramenta para esse propósito e tem sido aplicado com sucesso a diversos táxons. No entanto, a utilidade do PIM é em função de características específicas da espécie que são julgadas adequadas para uma determinada espécie-alvo. Aqui, a adequação dos padrões de cores inguinais para identificações fotográficas de indivíduos de Pithecopus gonzagai é avaliada comparando dois programas amplamente usados de correspondência fotográfica assistida por computador (I³S e Wild.ID). Ambos os programas identificaram com precisão mais de 70% dos indivíduos nas 20 melhores fotografias possíveis. Wild.ID foi ligeiramente melhor do que I³S em eficiência de correspondência e tem um tempo de processamento mais rápido. Assim, PIM é útil para identificação individual de P. gonzagai; entretanto, antes de implementar a técnica em estudos de monitoramento animal em outros táxons, deve-se avaliar a adequação do PIM para as espécies-alvo e calibrar a eficiência relativa dos programas de software na identificação de indivíduos.