Beckett, Kantor e as encruzilhadasno trabalho do ator

Autores

  • Luiz Marfuz Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-7838..pesquisator.2013.44967

Palavras-chave:

Beckett, Kantor, ator, atuação, teatro contemporâneo

Resumo

A partir das referências e experiências do dramaturgo-encenador Samuel Beckett e do diretor polonês Tadeusz Kantor, apresentam-se reflexões e apontamentos sobre o trabalho de atuação. Ao mesmo tempo em que se mostram determinados princípios e estratégias defendidos pelos dois artistas, a exemplo do desprezo pela tradição naturalista, parte-se também da ideia de que estes nem sempre convergem, a exemplo da relação do ator com o texto. Estes e outros aspectos são apontados como desafios para o ator, diante das variadas tendências do teatro contemporâneo.

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Biografia do Autor

  • Luiz Marfuz, Universidade Federal da Bahia
    Doutor em Artes Cênicas (2007) e Mestre em Comunicação e Cultura Contemporâneas (1996), ambos pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. É graduado em Administração de Empresas (1976) e em Comunicação com Habilitação em Jornalismo - pela UFBA. É professor-adjunto da Universidade Federal da Bahia, diretor teatral, arte-educador, dramaturgo e pesquisador sobre encenação contemporânea e estratégias de encenação no teatro de Samuel Beckett. É líder-fundador e coordenador do Grupo de Pesquisa PÉ NA CENA - Poéticas de Encenação e Atuação, vinculado ao CNPq. Na área de Artes, destacam-se experiências em direção teatral, teatro contemporâneo, teatro na educação, direção de espetáculos musicais, processos de criação artística, matrizes estéticas brasileiras na cena teatral contemporânea e o teatro de Beckett. Dirigiu espetáculos a partir de textos próprios (A última sessão de teatro, Bodas de Prata, No tempo do R-Quero, Meu nome é Mentira e Cuida Bem de Mim co-autor), criações coletivas (Solta Minha Orelha, Aves de Arribação, Cartão de Ponto), peças de dramaturgos contemporâneos (Beckett, Arrabal, Brecht, Nelson Rodrigues, Lourdes Ramalho) e transcriações teatrais da literatura (Boccaccio, Beckett, Lima Barreto, Saul Below). Dirigiu espetáculos musicais com artistas e grupos nacionais , entre estes: Maria Bethânia, Gilberto Gil, Dorival Caymmi, Nana Caymmi, Elza Soares, MV Bill, Zeca Baleiro, Chico César, Jards Macalé, Geraldo Azevedo, Arnaldo Antunes, Daniela Mercury, Susana Baça (Peru), Maria João (Portugal, Paulo Flores (Angola), Orquestra Sinfônica da Bahia, Grupos Olodum e Ilê Ayê. Seu trabalho em teatro na educação foi tema e objeto de estudo da dissertação "Do silêncio ao grito: as estratégias do encenador-educador Luiz Marfuz para os jovens do Liceu no espetáculo Cuida Bem de Mim", defendida pelo pesquisador Paulo Henrique Alcântara, no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas - PPGAC. Teve sua tese "O teatro de Samuel Beckett: poética da implosão e estratégias de encenação"escolhida para representar a Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFBA no Prêmio Capes de Tese 2008. Seus trabalhos mais recentes na área de direção teatral são: (1) Policarpo Quaresma, texto de Marcos Barbosa, baseado no romance de Lima Barreto e selecionado para o I Festival Internacional de Artes Cênicas na Bahia, 2008; (2) Atire a primeira pedra, 2088, espetáculo com textos de Nelson Rodrigues e que integrou a pesquisa sobre matrizes estéticas brasileiras na encenação contemporânea, junto a atores-formandos do curso de Interpretação da Escola de Teatro da UFBA e estudantes do PIBIC, indicado em 04 categorias ao Prêmio Braskem de Teatro 2008. (3) A última sessão de teatro, de sua autoria, em 2009, em homenagem aos 70 anos do ator e diretor Harildo Déda que recebeu o Prêmio Braskem de Melhor Ator do Ano, em 2009 e (4) As velhas, em 2010, de Lourdes Ramalho, 2010, indicado em 04 categorias ao Prêmio Braskem de Teatro: Direção, Espetáculo, Atrizes Claudia di Moura e Andréa Elia (esta última recebeu troféu Melhor Atriz do Ano) e Meu nome é Mentira, eszcrfito a partir de uma fábula de Brecht (2011). Em 2009, recebeu o Prêmio Braskem de Teatro de Melhor Diretor e Melhor Espetáculo do Ano pela montagem de Policarpo Quaresma, também indicado em mais cinco categorias Melhor Texto, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Cenografia. Atualmente, coordena o projeto Estudo das ações físicas na construção da cena, junto a graduandos, mestrandos e alunos do PIBIC-UFBA, escreve o texto "Senhora dos Infiéis", contemplado no Edital de Estímulo à Dramaturgia, da SECULT/FUNCEB-BA e estreou seu mais novo espetáculo Meu nome é mentira, com atores-formandos em Interpretação da Escola de Teatro da UFBA, em 18 dez.2011, que estrá em circulçação em fevreiro e marlço de 2012.

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Publicado

2013-05-30

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Artigos

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