Representações sociais construídas sobre os índios em Sergipe: ausência e invisibilização

Autores

  • Marcus Eugênio Oliveira Lima Universidade Federal de Sergipe
  • Alan Magno Matos de Almeida Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-863X2010000100004

Palavras-chave:

índios, representação social, estereótipos

Resumo

O objetivo do estudo foi analisar as representações sociais construídas pelos sergipanos sobre os índios. Foram entrevistados 378 moradores de seis cidades (cinco em Sergipe e uma em Alagoas). Os resultados obtidos indicam o predomínio de uma representação social cujo núcleo central é formado por elementos que referem um tempo passado e remoto, ou que denotam a distância física e cultural (como "matas", "florestas", "nudez", "pintura"). Igualmente, quando perguntados sobre o que lembram dos índios na história do Brasil, os entrevistados raramente referem acontecimentos recentes e têm mesmo dificuldade para produzir qualquer enunciação. O fato de morar longe ou perto de uma tribo indígena teve menos impacto nas representações sociais do que esperávamos. As conclusões indicam que, para muitos dos pesquisados, os índios existem apenas como uma ausência ou ainda de um modo naturalizado, como reminiscências fenotípicas e culturais de uma história de 500 anos de violência e extermínio.

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Publicado

2010-04-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Lima, M. E. O., & Almeida, A. M. M. de. (2010). Representações sociais construídas sobre os índios em Sergipe: ausência e invisibilização . Paidéia (Ribeirão Preto), 20(45), 17-27. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2010000100004