Moradia e corporeidade em espaços liminares: um estudo sobre formas de subjetividade na favela

Autores/as

  • Sandra Maria Greger Tavares Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; Instituto de Saúde
  • Paulo Albertini Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-863X2005000200017

Palabras clave:

Subjetividade, moradia, favela, espaço liminar e corporeidade

Resumen

Esta pesquisa aborda a construção e a revelação de formas de subjetividade em uma comunidade fronteiriça situada numa favela - espaço liminar, marcado pela instabilidade geográfica, social e existencial - de São Paulo. Realizou-se, por três anos, uma observação participante e foram colhidos depoimentos de quatro famílias focalizando-se a história do movimento comunitário e a transformação do espaço. Os resultados indicaram que os moradores da favela, migrantes nordestinos, habitam entre duas sociedades de referência: a comunidade natal e a de destino, vivendo numa espécie de "abismo" na sociedade de destino, excluídos da forma dominante de ocupação do espaço e incluídos em formas transitórias de ocupação dos espaços-entre. Além disso, constatou-se: formas híbridas de subjetividade que articulam experiências de enraizamento e desenraizamento, estratégias solidárias e perversas de inclusão; o importante papel da mulher nos movimentos de organização dos espaços públicos e privados e a pertinência da relação entre subjetividade, moradia e corporeidade.

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Publicado

2005-08-01

Número

Sección

Empirical Research

Cómo citar

Tavares, S. M. G., & Albertini, P. (2005). Moradia e corporeidade em espaços liminares: um estudo sobre formas de subjetividade na favela . Paidéia (Ribeirão Preto), 15(31), 299-308. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2005000200017