Por uma epistemologia da gambiarra: invenção, complexidade e paradoxo nos objetos técnicos digitais
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v14i1p173-192Mots-clés :
Gambiarra, objetos técnicos digitais, games, complexidadeRésumé
Associando processos de constituição de objetos técnicos digitais ao conceito de gambiarra, busca-se revelar os modos de existência que tornam a gambiarra um operador fundamental às relações entre técnica, corpo e sociedade. As dimensões estéticas, políticas e cognitivas do conceito compõem uma vertente alternativa da tecnicidade que permite elucidar o caráter complexo e muitas vezes paradoxal das formações sociotécnicas digitais. A demonstração empírica dessas ideias se dará em três níveis: o redirecionamento das capacidades de processamento de consoles de video games e placas de vídeo; as reconfigurações do software e das interfaces gráficas; e a consequente invenção de ritmos e formas de ver, sentir e agir nos video games.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
Bruno, F. (2017). Objetos técnicos sem pudor: Gambiarra e tecnicidade. Revista Eco-Pós, 20(1), 136-149. doi: https://doi.org/10.29146/eco-pos.v20i1.10407
Clark, A. (2001). Mindware: An introduction to the philosophy of cognitive science. Nova York, NY: Oxford University Press.
De, N. (2019, 29 de janeiro). AMD cites ‘absence’ of GPU sales to crypto miners in Q1 estimate. Coindesk. Recuperado de https://bit.ly/34iZUdr
Delanda, M. (2005). Intensive science and virtual philosophy. Londres, Inglaterra: Continuum. (Obra original publicada em 2002)
Galloway, A. (2012). The interface effect. Cambridge, Inglaterra: Polity Press.
Grusin, R. (2015). Radical mediation. Critical Inquiry, 42(1), 124-148. doi: https://doi.org/10.1086/682998
Guattari, F. (2006). Caosmose: Um novo paradigma estético. São Paulo, SP: Editora 34.
Hardt, M., & Negri, A. (2001). Império. Rio de Janeiro, RJ: Record.
Hardt, M., & Negri, A. (2005). Multidão: Guerra e democracia na era do Império. Rio de Janeiro, RJ: Record.
Hardt, M., & Negri, A. (2016). Bem-estar comum. Rio de Janeiro, RJ: Record.
Hennion, A. (2010). Loving music: From a sociology of mediation to a pragmatics of taste. Comunicar, 17(34), 25-33. doi: https://doi.org/10.3916/C34-2010-02-02
Hofstadter, D. (1979). Gödel, Escher, Bach: An eternal golden braid. Nova York, NY: Basic Books, Inc.
Hui, Y. (2016a). On the existence of digital objects. Minneapolis, MN: University of Minnesota Press.
Hui, Y. (2016b). The question concerning technology in China: An essay in Cosmotechnics. Falmouth, Inglaterra: Urbanomic Media.
Johnson, S. (2001). Cultura da interface: Como o computador transforma nossa maneira de criar e comunicar. Rio de Janeiro, RJ: Zahar.
Jørgensen, K. (2013). Gameworld interfaces. Cambridge, MA: MIT Press.
Kastrup, V. (2007). A invenção de si e do mundo: Uma introdução do tempo e do coletivo no estudo da cognição. Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Kastrup, V. (2008a). A cognição contemporânea e a aprendizagem inventiva. In V. Kastrup, S. Tedesco, & E. Passos, Políticas da cognição (pp. 93-112). Porto Alegre, RS: Sulina.
Kastrup, V. (2008b). Autopoiese e subjetividade: Sobre o uso da noção de autopoiese por G. Deleuze e F. Guattari. In V. Kastrup, S. Tedesco, & E. Passos, Políticas da cognição (pp. 46-63). Porto Alegre, RS: Sulina.
Krapp, P. (2011) Noise channels: Glitch and error in digital culture. Minneapolis, MN: University of Minnesota Press.
Lakoff, G., & Johnson, M. (1999). Philosophy in the flesh: The embodied mind and its challenge to Western thought. Nova York, NY: Basic Books.
Lapoujade, D. (2016). Deleuze: Los movimientos aberrantes. Buenos Aires, Argentina: Cactus.
Massumi, B. (2002). Parables for the virtual: Movement, affect, sensation. Durham, NC: Duke University Press.
Mbembe, A. (2017). Critique of black reason. Durham, NC: Duke University Press.
Mignolo, W. (2011). The darker side of Western Modernity: Global futures, decolonial options. Durham, NC: Duke University Press.
Norman, D. (1993). Things that make us smart. Cambridge, MA: Perseus Books.
Nvidia plays the diversification game. (2019, 23 de fevereiro). The Economist. Recuperado de https://econ.st/2wl7KXJ
Oliveira, L. A. (2003). Biontes, bioides e borgues. In A. Novaes (Org.), O homem máquina: A ciência manipula o corpo (pp. 139-173). São Paulo, SP: Companhia das Letras.
Pelbart, P. P. (2017). O avesso do niilismo: Cartografias do esgotamento. São Paulo, SP: n-1 edições.
Philip, K. (2015, 12 de março). Pirate copying, Jugaad economics: Postcolonial tech and developmental leapfrogging [arquivo de vídeo]. Recuperado de https://bit.ly/2RjAvLx
Rosas, R. (2007). Gambiarra: Alguns pontos para se pensar uma tecnologia recombinante. Caderno Videobrasil, 2(2), 36-52. doi: https://doi.org/10.22409/gambiarra.v1i1.29620
Simondon, G. (2009). The position of the problem of ontogenesis (G. Flanders, Trad.). Parrhesia Journal, (7), 4-16.
Simondon, G. (2017). On the mode of existence of technical objects. Minneapolis, MN: Univocal.
Singh, P. (1985). The so-called Fibonacci numbers in ancient and medieval India. Historia Mathematica, 12(3), 229-244. doi: https://doi.org/10.1016/0315-0860(85)90021-7
Sodré, M. (2014). A ciência do comum. Petrópolis, RJ: Vozes.
Souriau, É. (2015). The different modes of existence. Minneapolis, MN: Univocal.
Stengers, I., & Latour, B. (2015). The sphinx of the work. In É. Souriau. The different modes of existence (pp. 11-94). Minneapolis, MN: Univocal.
The PlayStation powered super-computer. (2010, 4 de setembro). BBC. Recuperado de https://bbc.in/2JMLb0Y
Varela, F., Thompson, E. T., & Rosch, E. (2001). A mente corpórea: Ciência cognitiva e experiência humana. Lisboa, Portugal: Instituto Piaget.
Viveiros de Castro, E. (2013). A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia (5a ed.). São Paulo, SP: Cosac Naify.
Zyga, L. (2010, 2 de dezembro). US Air Force connects 1,760 PlayStation 3’s to build supercomputer. Phys.org. Recuperado de https://bit.ly/34eghYY
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Matrizes 2020
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans ce journal acceptent les termes suivants:
- Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, le travail étant concédé simultanément sous la licence Creative Commons Attribution (CC BY-NC-SA 4.0) qui permet le partage de l'œuvre avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans cette revue à des fins non commerciales.
- Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour une distribution non exclusive de la version de l'ouvrage publiée dans cette revue (par exemple, publication dans un référentiel institutionnel ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la paternité et de la publication initiale dans cette revue.