Gilles Deleuze e os signos em preparação: o devir conceito
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-2477.i39p5-20Palavras-chave:
Gilles Deleuze, Signos, Gênese conceitual, FilosofiaResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar aspectos da gênese do conceito de signo exposto em Marcel Proust et les signes (1964), de Gilles Deleuze, através da análise de uma resenha publicada pelo autor, em 1956. Esse texto seria um primeiro esboço da reflexão em torno da noção atrelada à obra Philosophie du surréalisme, de Ferdinand Alquié. Tal perspectiva é contrastada com o conceito que será elaborado por Deleuze em seu livro sobre Proust. Dessa forma, ao retraçar essas etapas do percurso de elaboração conceitual dos signos, observa-se um diálogo mediado pela leitura de seus contemporâneos e que tem implicações nos rumos que a discussão tomará nos anos por vir, além das articulações estabelecidas com o estruturalismo, no mesmo período. Dando a ver, com isso, os posicionamentos do filósofo em relação às produções intelectuais de seu tempo. Pretende-se indicar, portanto, traços da dinâmica que permeia a construção conceitual em uma prática de escrita desenvolvida à margem das obras, mas que permite recuperar interlocuções fundamentais ao processo de criação conceitual.Downloads
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