Science Fiction, climate urgency and the importance of inter-knowledge dialogue: interview with writer and researcher Ana Rüsche
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9826.literartes.2023.219254Keywords:
Science Fiction, ecocriticism, global south, anthropoceneAbstract
This paper brings an interview with Ana Rüsche, writer and researcher, by Bruno Anselmi Matangrano, regarding science fiction as one of the literary categories that has been debating pressing matters the most. Especially interested in the climate crisis representation in contemporary literature, as well as the role science fiction plays on the the propagation of other forms of knowledge, Rüsche defines, through a transdisciplinary approach, concepts such as science fiction itself, ecocriticism, climate fiction and its relation to the geological and historical concept of anthropocene, along with its counterpart, "capitalocene". Rüsche also defends the autonomy and the importance of the literary production from the global South, particularly Brazil, through a decolonial perspective. She also comments on the relation between her studies and her fiction, a dialogue rarely explored in academia, despite its importance, between creative writing and academic research.
References
Obras literárias
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Não verás país nenhum. Rio de Janeiro: Global, 2019.
ELGIN, Suzette Haden. Língua nativa. Trad. Jana Bianchi. São Paulo: Aleph, 2023.
GALERA, Daniel. “Bugônia”. In: O deus das avencas. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
INDIANA, Rita. La mucama de Omicunlé. Cáceres: Periférica, 2020.
LE GUIN, Ursula. Os despossuídos. Trad. Susana de Alexandria. São Paulo: Aleph, 2019.
ONWALU, Chinelo. Letters to my mother. In: CHATTOPADHYAY, Bodhisattva, RÜSCHE, Ana, VERSO, Francesco (org). Meteotopia — Futures of Climate (In)Justice. Oslo e Roma: Universidade de Oslo e FutureFiction, 2022. https://fiction.cofutures.org.
ROBINSON, Kim Stanley. The Ministry for the Future. Londres: Orbit, 2020.
SCHÄTZING, Frank. O cardume. Rio de Janeiro: Record, 2006.
VALEK, Aline. As águas-vivas não sabem de si. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.
VANDERMEER, Jeff. Aniquilação. Trad. Bráulio Tavares. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.
Crítica
ALDISS, Brian. Billion Year Spree: The History of Science Fiction. Londres: Weidenfeld and Nicolson, 1973.
AMARAL, George. Um estranho tão familiar: Teorias e reflexões sobre estranhamento na ficção. São Paulo: Bandeirola, 2023.
BOULD, Mark; Vint, Sherryl. The Routledge Concise History of Science Fiction. Nova York: Routledge, 2011.
CARSON, Rachel. Primavera silenciosa. Trad. Claudia Sant'Anna Martins. São Paulo: Gaia, 2010.
CORTESE, João. Uma longa história do planeta Terra, ou: quando as pedras falam. São Paulo: Estado da Arte, Estadão e Instituto Serrapilheira, 09/08/2018, https://serrapilheira.org/uma-longa-historia-do-planeta-terra-ou-quando-as-pedras-falam/
CRIST, Eileen. A pobreza da nossa nomenclatura. In: MOORE, Jason (org.). Antropoceno ou Capitaloceno? Trad. Antônio Xerxerersky e Fernando Silva e Silva. São Paulo: Elefante, 2022, p. 34-65.
FERDINAND, Malcom. Uma ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho. Trad. Letícia Mei. São Paulo: Ubu, 2022.
GARRARD, Greg. Ecocrítica. Trad. Vera Ribeiro. Brasília: Editora UnB, 2006.
GLASSY, Mark. The Biology of Science Fiction Cinema. Jefferson, McFarland, 2006.
HARAWAY, Donna. Quando as espécies se encontram. Trad. Juliana Fausto. São Paulo: Ubu, 2022.
JAMESON, Fredric. Arqueologias do futuro: O desejo chamado Utopia e outras ficções científicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.
KRENAK, Ailton. Futuro ancestral. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
LATOUR, Bruno. Diante de Gaia: oito conferências sobre a natureza no Antropoceno. Trad. Maryalua Meyer. São Paulo/Rio de Janeiro: Ubu Editora/Ateliê de Humanidades, 2020.
MARCIEL, Maria Esther. Animalidades: Zooliteratura e os Limites do Humano. São Paulo: Instante, 2023.
MORTON, Timothy. O pensamento ecológico. Trad. Renato Prelorentzou. São Paulo: Quina, 2023.
OLIVEIRA, Antônio Manoel dos Santos e PELOGGIA, Alex Ubiratan Goossens. "Tecnógeno: um novo campo de estudos das geociências." In: Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário. Vol. 10. 2005, http://abequa.org.br/trabalhos/0268_tecnogeno.pdf.
STENGER, Isabelle, DESPRET, Vinciane. Women Who Make a Fuss. Trad. April Knutson, Minneapolis: Universal Publishing, 2014.
SUVIN, Darko. Metamorphoses of Science Fiction. Londres: Yale University Press, 1979.
VIRMOND, Adrianna. Conheça Pedro Vieira, destaque mundial na Física Teórica. São Paulo: Portal de Notícias da Unesp, 24/10/2019, https://www2.unesp.br/portal#!/noticia/35174/conheca-pedro-vieira-destaque-mundial-na-fisica-teorica.
Produções de Ana Rüsche
Ficção
RÜSCHE, Ana. A telepatia são os outros. São Paulo: Monomito, 2019.
RÜSCHE, Ana. Marea viva. Trad. Diego Cepeda. In: BASTIDAS, Rodrigo (org.) Futuras — Cuentos de ciencia ficción ecofeminista. Coleção Palabras Rodantes, volume 146. Medellín: Metrô de Medellín e Comfama, 2023. Disponível em: https://comfama.primo.exlibrisgroup.com/discovery/delivery/57COMFAMA_INST:57COMFAMA/1255546030004421
RÜSCHE, Ana. Mergulho no azul cintilante. In: TAVARES, Enéias (org.), A máquina do tempo. São Paulo: DarkSide, 2021, p. 174-187.
RÜSCHE, Ana. Na era do fogo. In: Suplemento de Pernambuco, Recife, ed. 77, setembro de 2019. Disponível em https://suplementopernambuco.com.br/edi%C3%A7%C3%B5es-anteriores/77-capa/2541-na-era-do-fogo.html
Não-Ficção
LOUSA, Pilar Lago; RÜSCHE, Ana. Na máquina do tempo de papel: Comba Malina e a importância da ficção científica de Dinah Silveira de Queiroz. Abusões, v. 11, p. 10-41, 2020.
RÜSCHE, Ana; CHATTOPADHYAY, Bodhisattva; VERSO, Francesco. Futures of Climate (In)justice: Introduction. In: CHATTOPADHYAY, Bodhisattva; RÜSCHE, Ana; VERSO, Francesco (org.). Meteotopia: Futures of Climate (In)justice. Oslo/Roma: CoFutures/FutureFiction, 2022, p. 9-12.
RÜSCHE, Ana; FURLANETTO, Elton. Cultura e política nos anos 2010: anseios e impasses na ficção científica de Aline Valek e Lady Sybylla. Abusões, v. 7, p. 253-291, 2018.
RÜSCHE, Ana. Arqueologias do futuro: comentário sobre o livro recém-editado de Fredric Jameson. A Terra é Redonda, Brasil, 16 fev. 2022. https://aterraeredonda.com.br/arqueologias-do-futuro
RÜSCHE, Ana. Floresta é o nome do mundo: Capitaloceno e resistência na obra de Ursula K. Le Guin. In: SECCHES, Fabiane (org.). Depois do Fim: Ensaios sobre Literatura e Antropoceno. São Paulo: Instante, 2022, p. 40-49.
RÜSCHE, Ana. Margaret Atwood: de quanto o real supera a ficção. Suplemento Pernambuco, Recife, ed. 142, p. 12-17, dez. 2017. http://www.suplementopernambuco.com.br/edi%C3%A7%C3%B5es-anteriores/77-capa/2002-margaret-atwood-de-quanto-o-real-supera-a-fic%C3%A7%C3%A3o.html.
RÜSCHE, Ana. Utopia, feminismo e resignação em The left hand of darkness e The handmaid's tale. Tese para obtenção do título de Doutorado em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês. Universidade de São Paulo, 2015.
RÜSCHE, Ana. ‘Não verás país nenhum’: o gosto do deserto do real. Suplemento de Pernambuco, Recife, p. 11 – 13, 04 nov. 2021. https://suplementopernambuco.com.br/capa/2783-n%C3%A3o-ver%C3%A1s-pa%C3%ADs-nenhum-o-gosto-do-deserto-do-real.html
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Bruno Anselmi Matangrano
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).