Perfil das Tentativas de Suicídio Atendidas em um Hospital Público de Rio Branco, Acre de 2007 a 2016

Autores/as

  • Andreia Cristina Vilas Boas Universidade Federal do Acre/ Secretaria de Estado de Saúde do Acre, Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco
  • Quiria Ribeiro da Silva Monteiro Universidade Federal do Acre/ Secretaria de Estado de Saúde do Acre, Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco
  • Romeu Paulo Martins Silva Universidade Federal do Acre
  • Dionatas Ulises de Oliveira Meneguetti Universidade Federal do Acre

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.157750

Palabras clave:

suicídio, tentativas de suicídio, epidemiologia, saúde pública, Amazônia

Resumen

Introdução: Estima-se que 1 milhão de mortes por suicídio ocorram anualmente no mundo, e estudos sugerem que há 10 a 40 tentativas para cada consumação de suicídio, revelando seu alto impacto (pessoal, social e econômico) e sendo considerado pela OMS como um grave problema de saúde pública.

Objetivo: Avaliar o perfil das tentativas de suicídio registradas no banco de dados de um hospital público de Rio Branco/AC, no período de 2007 a 2016.

Método: Este é um estudo retrospectivo-descritivo, com secundária. A amostra foi composta por 569 casos de tentativas de suicídio de pessoas residentes na cidade de Rio Branco. A análise foi realizada por meio de frequências simples, absolutas e relativas das variáveis, estratificadas por ano de tratamento, sexo, faixa etária, métodos utilizados e região de residência.

Resultados: Houve uma diferença significativa em relação ao gênero após uma mudança no sistema em 2014, e a frequência no gênero feminino foi maior. A intoxicação foi o método mais comumente usados, principalmente por mulheres. O grupo de maior risco foi de 10 a 29 anos, totalizando mais de 70% dos casos, revelando uma maior prevalência de tentativas de suicídio em adolescentes e adultos jovens.

Conclusão: O presente estudo aponta que as tentativas de suicídio no município de Rio Branco/AC são mais frequentes em adolescentes e jovens adultos, de ambos os sexos, na faixa etária dos 10 a 29 anos, sendo a intoxicação medicamentosa o método mais utilizado, principalmente entre as mulheres.

 

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Andreia Cristina Vilas Boas, Universidade Federal do Acre/ Secretaria de Estado de Saúde do Acre, Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco

    Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciência da Saúde na Amazônia Ocidental

  • Quiria Ribeiro da Silva Monteiro, Universidade Federal do Acre/ Secretaria de Estado de Saúde do Acre, Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco

    Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciência da Saúde na Amazônia Ocidental

  • Romeu Paulo Martins Silva, Universidade Federal do Acre

    Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciência da Saúde na Amazônia Ocidental

    Centro de Ciências da Saúde e do Desporto

    Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia

  • Dionatas Ulises de Oliveira Meneguetti, Universidade Federal do Acre

    Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciência da Saúde na Amazônia Ocidental

    Programa de Pós Graduação Stricto Sensu em Ciência, Inovação e Tecnologia para a Amazônia

    Colégio de Aplicação

Referencias

1. Krug EG, Mercy JA, Dahlberg LL, Zwi AB. World report on violence and health. Lancet. 2002;360(9339):1083-8. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(02)11133-0

2. World Health Organization (WHO). Preventing suicide: a global imperative. Geneva: WHO, 2014; p.3.

3. Brasil. Ministério de Saúde. Saúde Brasil 2013: Uma análise da situação de saúde e das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza. Brasília: MS, 2014; p.105.

4. Organização Mundial de Saúde. Saúde pública: ação para a prevenção de suicídio: uma estrutura. Geneva: OMS, 2012; p.5.

5. Bertolote JM, Fleischmann A. A global perspective on the magnitude of suicide mortality. In: Wasserman D, Wasserman C. Oxford textbook of suicide and suicide prevention. Oxford: Oxford University Press, 2009; Part 2.

6. Botega NJ. Crise suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015; p.7.

7. Brasil. Ministério da Saúde. Prevenção do suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Brasília: MS, OPAS, UNICAMP, 2006; p.7.

8. Mello-Jorge MHP, Gotlieb SLD, Laurenti R. O sistema de informações sobre mortalidade: problemas e propostas para o seu enfrentamento II – Mortes por causas externas. Rev Bras Epidemiol. 2002;5(2):212-3. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2002000200008

9. Lovisi GM, Santos SA, Legay L, Abelha L, Valencia E. Análise epidemiológica do suicídio no Brasil entre 1980 e 2006. Rev Bras Psiquiatr. 2009;31:86-93. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462009000600007

10. Minayo MCS. A autoviolência: objeto da sociologia e problema de saúde pública. Cad Saúde Pública. 1998;14: 421-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462009000600007

11. Carmona-Navarro MC, Pichardo-Martínez MC. Atitudes do profissional de enfermagem em relação ao comportamento suicida: influência da inteligência emocional. Rev Latino-Am Enfermagem. 2012;20(6):1161-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692012000600019

12. Magalhães APN, Alves VM, Comassetto I, Lima PC, Faro ACM, Nardi AE. Atendimento a tentativas de suicídio por serviço de atenção pré-hospitalar. J Bras Psiquiatr. 2014;63(1):16-22. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000003

13. Vieira LP, Santana VTP, Suchara EA. Caracterização de tentativas de suicídios por substâncias exógenas. Cad Saúde Colet. 2015;23(2):118-23. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1414-462X201500010074

14. Botega NJ, Garcia LSL. Brazil: the need for violence (including suicide) prevention. World Psychiatry. 2004;3(3):157-8.

15. Neves MCL, Meleiro AMAS, Gomes F, Silva AG, Corrêa, H. Suicídio: fatores de risco e avaliação. Brasília Med. 2014;51:66-73.

16. Gysin-Maillart A, Schwab S, Soravia L, Megert M, Michel, K. A novel brief therapy for patients who attempt suicide: A 24-months follow-up randomized controlled study of the Attempted Suicide Short Intervention Program (ASSIP). PLOS Med. 2016;13(3):e1001968. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pmed.1001968

17. Botega NJ, Marín-León L, Oliveira HB, Barros MBA, Silva VF, Dalgalarrondo P. Prevalências de ideação, plano e tentativa de suicídio: um inquérito de base populacional em Campinas, São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública. 2009;25(12):2632-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2009001200010

18. Botega NJ. Comportamento suicida: epidemiologia. Psicol USP. 2014;25(3):231-6. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/0103-6564D20140004

19. Zangirolami-Raimundo J, Echeimberg JO, Leone C. Research methodology topics: Cross-sectional studies. J Hum Growth Dev. 2018;28(3):356-60. DOI: http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.152198

20. Simsek Z, Demir C, Er G, Munir KM. Evaluation of attempted suicide in emergency departments in Sanliurfa province, southeastern Turkey. Z Gesundh Wiss. 2013;21(4):325-31. DOI: https://doi.org/10.1007/s10389-013-0558-7

21. Alves VM, Francisco LC, Melo AR, Novaes CR, Belo FM, Nardi AE. Trends in suicide attempts at an emergency department. Rev Bras Psiquiatr. 2017;39(1):55-61. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1516-4446-2015-1833

22. Bertolote JM, Mello-Santos C, Botega NJ. Detecção do risco de suicídio nos serviços de emergência Psiquiátrica. Rev Bras Psiquiatr. 2010;32(Suol 2):87-95. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462010000600005

23. Stefanello S, Cais CFS, Mauro MLF, Freitas GVS, Botega NJ. Gender diferences in suicide attempts: preliminary results of the multisite intervention study on suicidal behavior (SUPRE-MISS) from Campinas, Brazil. Rev Bras Psiquiatr. 2008;30(2):139-43. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462006005000063

24. Vidal CEL, Gontijo ECD, Lima LA. Tentativas de suicídio: fatores prognósticos e estimativa do excesso de mortalidade. Cad Saúde Pública. 2013;29(1):175-87. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000100020

25. Werneck GL, Hasselmann MH, Phebo LB, Vieira DE, Gomes VLO. Tentativas de suicídio em um hospital geral no Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 2006;22(10): 2201-6. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2006001000026

26. Canner J, Giuliano K, Selvarajah S, Hammond E, Schneider E. Emergency department visits for attempted suicide and self harm in the USA: 2006–2013. Epidemiol Psychiatr Sci. 2018;27(1):94-102. DOI: http://dx.doi.org/10.1017/S2045796016000871

27. Ignjatović-Ristić D, Radević S, Djoković D, Petrović D, Kocić S, Ristić B, et al. Epidemiological characteristics of suicidal patients admitted to the psychiatric clinic in Kragujevac: A ten-year retrospective study. Srp Arh Celok Lek. 2011;139(Supl 1):26-32.

28. Bernardes SS, Turini CA, Matsuo T. Perfil das tentativas de suicídio por sobredose intencional de medicamentos atendidas por um Centro de Controle de Intoxicações do Paraná, Brasil. Cad Saúde Pública. 2010;26(7):1366-72. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2010000700015

29. Santos SA, Lovisi G, Legay L, Abelha L. Prevalência de transtornos mentais nas tentativas de suicídio em um hospital de emergência no Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 2009;25(9):2064-74. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2009000900020

30. Ramdurg S, Goyal S, Goyal P, Sagar R, Sharan P. Sociodemographic profile, clinical factors, and mode of attempt in suicide attempters. Ind Psychiatry J. 2011;20(1): 11-16. DOI: http://dx.doi.org/10.4103/0972-6748.98408

Publicado

2019-05-06

Número

Sección

Artigos Originais