MODULAÇÃO AUTONÔMICA E CAPACIDADE FUNCIONAL EM INDIVÍDUOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS DO TIPO 1 E 2

Autores

  • Rafael Leite Alves Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Flávio Mariz Freitas Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Alline Sancha Nascimento Fernandes Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Sabrina Campos Ferraz Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Edson da Silva Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM),
  • Clynton Lourenço Corrêa Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Luciana Duarte Novais Silva Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri com fomento da FAPEMIG/PIBIc

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.46396

Palavras-chave:

diabetes mellitus, sistema nervoso autônomo, freqüência

Resumo

Objetivos: avaliar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) durante testes autonômicos cardiovasculares e a capacidade funcional de indivíduos com DM tipos 1 e 2. Método: foram avaliados 15 indivíduos com DM e 12 indivíduos saudáveis, durante a realização de testes autonômicos cardiovasculares de manobra de acentuação da arritmia sinusal respiratória (ASR), handgrip e valsalva. Além disso, foi aplicado o teste submáximo de Paschoal para avaliação da capacidade funcional. Durante a realização dos testes autonômicos foi coletada a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), por meio do registro dos intervalos RR, considerando-se os índices no domínio do tempo (RMSSD e pNN50) e da freqüência, como baixa e alta freqüência (BF e AF) e a relação entre os mesmos (BF/AF). Além da análise da VFC, foi registrado a distância percorrida durante o Teste de Paschoal e a glicemia capilar Resultados: Os valores referentes à glicemia foram significativamente maiores (p < 0,05) no grupo DM1 e DM2 comparados aos controles. Os valores de pNN50 para o DM1, em todos os testes realizados, foram menores em relação ao CDM1. Nenhuma diferença estatística foi encontrada quando comparados DM2 com o CDM2. A distância percorrida no teste de Paschoal foi similar entre os grupos de indivíduos com DM e seus respectivos controles. Conclusão: A variável pNN50 foi menor nos indivíduos com DM1, sugerindo redução da atividade parassimpática nesses indivíduos, porém sem alteração da capacidade funcional, avaliada pelo teste de Paschoal quando comparados ao grupo controle.

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Biografia do Autor

  • Rafael Leite Alves, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Professor Substituto do Departamento de Ciências Básicas da Saúde da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM
  • Flávio Mariz Freitas, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Fisioterapeuta graduado pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Alline Sancha Nascimento Fernandes, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Fisioterapeuta graduado pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Sabrina Campos Ferraz, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Fisioterapeuta graduado pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
  • Edson da Silva, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM),
    Professor Assistente do Departamento de Ciências Básicas da Saúde da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM),
  • Clynton Lourenço Corrêa, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
    Professor Adjunto do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Luciana Duarte Novais Silva, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri com fomento da FAPEMIG/PIBIc
    Professora Adjunta do Departamento de Fisioterapia Aplicada da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Trabalho Desenvolvido no Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri com fomento da FAPEMIG/PIBIc

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Publicado

2012-10-31

Edição

Seção

Artigos Originais