A avaliação das competências infocomunicacionais na perspectiva da Psicometria
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-2075.v13i2p265-282Palavras-chave:
avaliação, competências infocomunicacionais, desenvolvimento de instrumento, psicometriaResumo
As competências infocomunicacionais são imprescindíveis para a aprendizagem requerida no contexto universitário e estão relacionadas a um melhor desempenho acadêmico. Avaliar as percepções de autoeficácia, as motivações de aprendizagem e as atitudes dos estudantes em relação a essas competências é condição indispensável para a tomada de decisão informada em programas ou cursos de formação promovidos por bibliotecas universitárias. Dessa forma, este trabalho apresenta os resultados parciais de pesquisa que propõe a construção de um instrumento de avaliação das percepções de competências infocomunicacionais, seguindo os preceitos da Psicometria, área da Psicologia que preocupa-se com a validade e fidedignidade de instrumentos de pesquisa. Como metodologia, modelos e padrões de competências em informação e comunicação foram analisados para a extração dos comportamentos que embasaram as afirmações do instrumento. As afirmações foram categorizadas de acordo com as dimensões da abordagem Super 8. Como resultados parciais, o artigo traz uma síntese dos comportamentos extraídos e um recorte dos itens do instrumento. Espera-se que a aproximação com a Psicometria traga avanços para a Ciência da Informação no Brasil e contribua para a avaliação de competências infocomunicacionais.
Downloads
Referências
AMERICAN EDUCATIONAL RESEARCH ASSOCIATION; AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION; NATIONAL COUNCIL ON MEASUREMENT IN EDUCATION. Standards for educational and psychological testing. Washington: American Educational Research Association, 2014. E-book. Disponível em: https://pt.b-ok.lat/book/3489335/112112. Acesso em: 4 fev. 2021.
ARROYO, Sonia Santana. Information literacy for health professionals: teaching essential information skills with the Big6 information literacy model. Community & Junior College Libraries, London, v. 19, n. 3–4, p. 77–91, 2013. Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02763915.2014.953435. Acesso em: 7 jan. 2021.
ASSOCIATION OF COLLEGE AND RESEARCH LIBRARIES. Framework for information literacy for higher education. Chicago: ACRL Board, 2016. Disponível em: http://www.ala.org/acrl/standards/ilframework. Acesso em: 30 dez. 2019.
ASSOCIATION OF COLLEGE AND RESEARCH LIBRARIES. Information literacy competency standards for higher education. Association of College and Research Libraries, Chicago, 2000. Disponível em: http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1300/J107v09n04_09. Acesso em: 26 dez. 2019.
BANDURA, Albert. Self-efficacy: the exercise of control. New York: W.H. Freeman, 1997. E-book. Disponível em: https://www.academia.edu/28274869/Albert_Bandura_Self_Efficacy_The_Exercise_of_Control_W_H_Freeman_and_Co_1997_pdf
BELLUZZO, Regina Célia Baptista; SANTOS, Camila Araújo dos; ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. A competência em informação e sua avaliação sob a ótica da mediação da informação: reflexões e aproximações teóricas. Informação & Informação, Londrina, v. 19, n. 2, p. 60–77, 2014. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/19995. Acesso em: 26 jun. 2021.
BONG, Mimi. Academic motivation in self-efficacy, task value, achievement goal orientations, and attributional beliefs. The Journal of Educational Research, London, v. 97, n. 6, p. 287–298, 2004. Disponível em: https://doi.org/10.3200/JOER.97.6.287-298. Acesso em: 23 jul. 2020.
BORGES, Jussara. Competências infocomunicacionais: estrutura conceitual e indicadores de avaliação. Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia, João Pessoa, v. 13, n. 2, 2018. Disponível em: http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/pbcib/article/view/42922. Acesso em: 5 jan. 2020.
BORSA, Juliane Callegaro; SEIZE, Mariana de Miranda. Construção e adaptação de instrumentos psicológicos: dois caminhos possíveis. In: MANUAL DE DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTOS PSICOLÓGICOS. São Paulo: Vetor, 2017. p. 15–37.
CORRÊA, Nancy Nazareth Gatzke et al. Metacognição e as relações com o saber. Ciência e Educação, Bauru, v. 24, n. 2, p. 517–534, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1516-73132018000200517&lng=en&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 19 jul. 2020.
DOLENC, K.; ŠORGO, A. Information literacy capabilities of lower secondary school students in Slovenia. Journal of Educational Research, United States, p. 1–8, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1080/00220671.2020.1825209. Acesso em: 6 out. 2020.
EISENBERG, Michael; BERKOWITZ, Robert. Information problem-solving: the big six skills approach. School Library Media Activities Monthly, Seatle, v. 8, p. 1–16, 1992. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/234713449_Information_Problem-Solving_The_Big_Six_Skills_Approach. Acesso em: 15 jan. 2020.
EISENBERG, Michael; MURRAY, Janet R.; BARTOW, Colet. The Big6 curriculum: comprehensive information and communication technology (ICT) literacy for all students. Santa Barbara: Libraries Unlimited, 2016. E-book.
FLAVELL, John H. Metacognition and cognitive monitoring: a new area of cognitive–developmental inquiry. American Psychologist, Washington, v. 34, n. 10, p. 906–911, 1979.
FRANCO, Sérgio Roberto Kieling. O construtivismo e a educação. 9. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004.
GURUNG, Regan A. R. Best practices in scale use in SoTL. In: JHANGIANI, Rajiv S. et al. (ed.). A compendium of scales for use in the scholarship of teaching and learning. Washington, D.C: Society for the Teaching of Psychology, 2015. p. 11–19. E-book. Disponível em: https://www.academia.edu/25614591/A_COMPENDIUM_OF_SCALES_for_use_in_the_SCHOLARSHIP_OF_TEACHING_AND_LEARNING_EDITED_BY. Acesso em: 11 jul. 2021.
KRUGER, Justin; DUNNING, David. Unskilled and unaware of it: how difficulties in recognizing one’s own incompetence lead to inflated self-assessments. Psychology, United States, v. 1, p. 30–46, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.1037/0022-3514.77.6.1121. Acesso em: 6 nov. 2020.
KUHLTHAU, Carol. Accommodating the user’s information search process: challenges for information retrieval system designers. Bulletin of the American Society for Information Science and Technology, Maryland, v. 25, n. 3, p. 12–16, 1999. Disponível em: https://asistdl.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/bult.115. Acesso em: 16 set. 2020.
KUHLTHAU, Carol. Inside the search process: information seeking from the user’s perspective. Journal of the American Society for Information Science, New Brunswick, v. 42, n. 5, p. 361–371, 1991. Disponível em: https://ils.unc.edu/courses/2014_fall/inls151_003/Readings/Kuhlthau_Inside_Search_Process_1991.pdf. Acesso em: 7 fev. 2021.
LOPES, Carlos; PINTO, Maria. Autoavaliação das competências de informação em estudantes universitários: IL-HUMASS: estudo quantitativo (Parte II). Cadernos BAD, Lisboa, n. 1, p. 41–68, 2016. Disponível em: https://www.bad.pt/publicacoes/index.php/cadernos/article/view/1510. Acesso em: 5 jan. 2020.
LUNDSTROM, Kacy et al. Teaching and learning information synthesis: an intervention and rubric based assessment. Communications in Information Literacy, Tulsa, v. 9, n. 1, p. 60, 2015. Disponível em: http://archives.pdx.edu/ds/psu/22380. Acesso em: 16 jan. 2020.
MACKLEM, Gayle L. Boredom and its relation to non-cognitive factors: student motivation, self-regulation, engagement in learning, and related concepts. In: MACKLEM, Gayle L. (org.). Boredom in the classroom: addressing student motivation, self-regulation, and engagement in learning. Cham: Springer International Publishing, 2015. (SpringerBriefs in Psychology). p. 35–43. E-book. Disponível em: https://doi.org/10.1007/978-3-319-13120-7_5. Acesso em: 31 jul. 2020.
MAYER, Richard E. Cognitive, metacognitive, and motivational aspects of problem solving. Instructional Science, Wien, v. 26, n. 1, p. 49–63, 1998. Disponível em: https://doi.org/10.1023/A:1003088013286. Acesso em: 23 jul. 2020.
METALLIDOU, Panagiota; VLACHOU, Anastasia. Motivational beliefs, cognitive engagement, and achievement in language and mathematics in elementary school children. International Journal of Psychology, Hoboken, v. 42, n. 1, p. 2–15, 2007. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1080/00207590500411179. Acesso em: 23 jul. 2020.
MEYER, Jan; LAND, Ray. Threshold concepts and troublesome knowledge: Edinburgh: University of Edinburgh, 2003. Disponível em: http://www.etl.tla.ed.ac.uk/docs/ETLreport4.pdf. Acesso em: 3 mar. 2022.
MUNIZ, Monalisa; FREITAS, Clarissa Pinto Pizarro de. Padronização e normatização de instrumentos psicológicos. In: DAMASIO, Bruno Figueiredo; BORSA, Juliane Callegaro (org.). Manual de desenvolvimento de instrumentos psicológicos. São Paulo: Vetor, 2017. p. 57–83.
PASQUALI, Luiz. Análise dos itens. In: PSICOMETRIA. Petrópolis: Vozes, 2017.
PASQUALI, Luiz (org.). Instrumentação psicológica: fundamentos e práticas. Porto Alegre: Artmed, 2010. E-book. Disponível em: http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=cat07377a&AN=sabi.000746824&site=eds-live. Acesso em: 4 dez. 2020.
PASQUALI, Luiz. Testes referentes a construto: teoria e modelo de construção. In: Instrumentos psicológicos: manual prático de elaboração. Brasília: LabPAM, 1999. p. 37–60. E-book. Disponível em: https://aprender.ead.unb.br/pluginfile.php/106489/mod_resource/content/1/pasquali.PDF. Acesso em: 12 dez. 2020.
PETT, Marjorie; LACKEY, Nancy; SULLIVAN, John. Designing and testing the instrument. In: MAKING sense of factor analysis. Thousand Oaks: SAGE, 2003. p. 1–30. E-book. Disponível em: http://methods.sagepub.com/book/making-sense-of-factor-analysis. Acesso em: 28 dez. 2020.
PINTRICH, Paul R. The role of motivation in promoting and sustaining self-regulated learning. International Journal of Educational Research, Amsterdam, v. 31, n. 6, p. 459–470, 1999. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0883035599000154. Acesso em: 23 jul. 2020.
SALKIND, Neil. Psychometrics. In: ENCYCLOPEDIA OF MEASUREMENT AND STATISTICS. Thousand Oaks: Sage, 2007. E-book.
SELAU, Thais; SILVA, Mônia Aparecida da; BANDEIRA, Denise Ruschel. Construção e evidências de validade de conteúdo da Escala de Funcionamento Adaptativo para Deficiência Intelectual (EFA-DI). Avaliação Psicológica, Campinas, v. 19, n. 3, p. 333–341, 2020. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1677-04712020000300012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 12 mar. 2021.
URBINA, Susana. Essentials of psychological testing. 2. ed. Hoboken: Wiley, 2014. (Essentials of behavioral science). E-book. Disponível em: https://pt.b-ok.lat/book/2361670/b99a3c. Acesso em: 4 fev. 2021.
VALENTIM, Marta Lígia Pomim (org.). Métodos qualitativos de pesquisa em Ciência da Informação. São Paulo: Polis, 2008. E-book. Disponível em: https://portolivre.fiocruz.br/m%C3%A9todos-qualitativos-de-pesquisa-em-ci%C3%AAncia-da-informa%C3%A7%C3%A3o. Acesso em: 12 out. 2020.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Ao encaminhar textos à InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, o autor concorda com as prerrogativas do DOAJ para periódicos de acesso aberto adotadas pela revista:
- concessão à revista o direito de primeira publicação sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite acessar, imprimir, ler, distribuir, remixar, adaptar e desenvolver outros trabalhos, com reconhecimento da autoria.
- autorização para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista , como a publicação em repositorios institucionais desde que o reconhecimento da autoria e publicação inicial na InCID
- leitores podem ler, fazer download, distribuir, imprimir, linkar o texto completo dos arquivos sem pedir permissão prévia aos autores e/ou editores, desde que respeitado o estabelecido na Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0).
O trabalho publicado é considerado colaboração e, portanto, o autor não receberá qualquer remuneração para tal, bem como nada lhe será cobrado em troca para a publicação.
Os textos são de responsabilidade de seus autores. Citações e transcrições são permitidas mediante menção às fontes.