Manter-se desperto na cidade-dormitório: São Gonçalo-RJ e a cristalização de representações
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2023.195629Palabras clave:
cidade-dormitório, representação, produção do espaço urbano, São Gonçalo/RJResumen
Entende-se que o conceito de cidade-dormitório, há muito presente nas discussões sobre São Gonçalo-RJ, provoca uma ausência: as várias possibilidades de ver e representar a cidade se ofuscam sob a onipresença desse conceito. Procuramos tratar das implicações da cristalização de certas representações que se conformam em torno dele. Entende-se que, quando deixa de ser mediação entre o vivido e o concebido, o conceito pode se cristalizar e bloquear o entendimento. Neste artigo, recuperamos alguns usos do conceito cidade-dormitório na Região Metropolitana do Rio de Janeiro confrontando-os com dados da realidade atual do município. Também discutimos implicações simbólicas e materiais devidas à cristalização dessas representações, acompanhadas de seu papel na produção do espaço da cidade. Como resultado de pesquisa, concluímos que é preciso fazer emergir um entendimento que ultrapasse a primazia do centro metropolitano; há que compreender as representações para deslindar seus nós, observá-las para ver além delas.
Descargas
Referencias
ALCOREZA, Raúl Prada. El mito de la Modernidad – los mitos de la racionalidad abstrata. Disponível em: <http://www.rebelion.org/noticia.php?id=183334>. Último acesso: 20 jan. 2022.
ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Edições Loyola, 2002.
BAUMAN, Zygmunt. 44 cartas do mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2011.
BORJA, Jordi. Ciudadania y espacio publico: La Agorafobia Urbana. Revista Ambiente e Desarrollo, v. 14, n. 3, 1998.
DEBORD, Guy-Hernest. Teoria da deriva. In. JACQUES, Paola Berenstein (Org.). Apologia da Deriva: Escritos situacionistas sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
DELEUZE, Gilles. Francis Bacon – Lógica da sensação. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.
GEIGER, P. Aspectos do fato urbano no brasil ensaio para a estrutura urbana do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Geografia, v. 23, n. 2, 1961.
GEIGER, P. Ensaio para a estrutura urbana do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Geografia, v. 22, n. 1, 1960.
GEIGER, P. Urbanização e industrialização na orla oriental da Baía de Guanabara. Revista Brasileira de Geografia, v. 18, n. 4, 1956.
HALL, Stuart. Representation: cultural representations and signifying practices. Londres: Sage Publications, 2009.
LEFEBVRE, Henri. A revolução urbana. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.
HALL, Stuart. La presencia y la ausencia: contribuiciones a la teoria de las representaciones. Mexico: Fondo de Cultura Economica, 1983.
MASSEY, D. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008.
MORIN, Edgar. Rumo ao abismo? Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2005.
OJIMA, R.; PEREIRA, R., SILVA, R. Cidades-dormitório e a mobilidade pendular: Espaços da Desigualdade na Redistribuição dos Riscos Ambientais. In. XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Caxambú, MG: Fapesp e CNPq, 2008.
ROSA, Daniel Pereira. Consensos e dissensos sobre a cidade-dormitório: São Gonçalo (RJ), permanências e avanços na condição periférica. Revista Política e Planejamento Territorial, Rio de Janeiro: v. 4, n. 2, julho/dezembro 2017.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 2006.
SOARES, Maria Therezinha de Segadas. Fisionomia e estrutura do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Geografia, v. 27, n. 3, 1965.
SOARES, Maria Therezinha de Segadas. Bairros, bairros suburbanos e subcentros. Curso de Geografia da Guanabara (IBGE). Série Biblioteca Brasileira, nº 21, 1968, p.74-89.
SEBRAE. Mobilidade e mercado de trabalho na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estudo estratégico. Rio de Janeiro: Observatório SEBRAE, 2013.
SENNETT, Richard. Construir e habitar: ética para uma cidade aberta. Rio de Janeiro: Record, 2018.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Marco Nepomuceno
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publiquen en esta revista estarán de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo con una licencia de uso de atribución CC-BY, que permite distribuir, mezclar, adaptar y crear con base en su trabajo, siempre que sean respetados los derechos de autor, de la forma especificada por CS.
- Los autores están autorizados a asumir contratos adicionales y por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicación en repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se alienta a los autores a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y las citaciones del trabajo publicado (ver El efecto del acceso abierto).