Political landscape: new ways of looking and acting in Brazilian cities

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2022.195605

Keywords:

Sao Paulo, Rio de Janeiro, Borba Gato’s statue, Pequena África, Street Art

Abstract

While the concept of landscape has been used by public institutions as an instrument of territorial management, insurgent groups are mobilizing certain landscapes to influence the political agenda and claim their rights. This article aims to discuss how certain landscapes are transformed into an instrument of contemporary political action by citizens not represented by traditional political instruments. These groups transform common landscapes into political landscapes, that is, landscapes guided by the intentional selection of objects and representations present in the public space to give visibility to their demands. Based on the analysis of the actions carried out on the statue of Borba Gato, in São Paulo, and in the Pequena Africa region, in Rio de Janeiro, we argue that the political landscape makes explicit the interests and desires of groups, transforming the ways of looking at and act on space.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Dirceu Cadena, Universidade Federal do Ceará

    Doutor em geografia. Professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Vinculado ao GEOPPOL (UFRJ).

  • Mariana Vieira de Brito, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

    Doutora em Geografia. Professora do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Pesquisadora do GEOPPOL-UFRJ.

References

ABUD, K. M. O sangue intimorato e as nobilíssimas tradições: a construção de um símbolo paulista: o bandeirante. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1986.

AGNEW, J.; MITCHELL, K.; TOAL, G. A companion to political geography. Malden: Blackwell, 2003.

ARENDT, H. A condição humana. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

ARENDT, H. O que é política? Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

BAIRD, I. G. Political memories of conflict, economic land concessions, and political landscapes in the Lao People's Democratic Republic. Geoforum, [s.l.], v. 52, p. 61-69, mar. 2014.

BARBOSA, D. T. Ver, estar e ser (n)a paisagem: cidadania paisagística e o direito à paisagem na cidade do Recife. Tese (Doutorado em geografia) - - Pós-Graduação em Geografia. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.

BESSE, J-M. O gosto do mundo: exercícios de paisagem. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2014.

BOBBIO, N.; METTEUCCI, N. Dicionário de política. 5. ed. Brasília: Editora UNB; São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2004.

BRITO, M. V. de. Patrimônio consagrado e paisagens insurgentes: disputas por cidadania e visibilidade em Olinda (PE). Tese (Doutorado em Geografia) - Pós-Graduação em Geografia. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.

BUTLER, J. Corpos em aliança e a política das ruas: Notas para uma teoria performativa de assembleia. 1.ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 2018.

CAETANO, F.; ROSANELI, A. A paisagem no Plano Diretor Municipal: uma reflexão sobre sua referência na legislação urbanística dos municípios paranaenses. Eure, Santiago, v. 45, n. 134, p.193-212, jan. 2019.

CAPEL, H. Filosofía y ciencia en la geografía contemporánea. 2 ed. corr. Barcelona: Barvanova, 1983.

CASTELLS, M. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. 2. ed. São Paulo: Zahar, 2017. 350 p.

CASTRO, I. E. de. Espaço Político. Geographia, Niterói, v. 20, n. 42, p.120-126, jan. 2018.

CASTRO, I. E. de. Geografia e política: território, escalas de ação e instituições. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.

CAUQUELIN, A. A invenção da paisagem. São Paulo: Martins, 2007.

CHECA-ARTASU, M. M. Onde está a paisagem nas políticas ambientais e territoriais do México? Confins, [S.L.], v. 1, n. 44, p. 1-20, 1 mar. 2020. OpenEdition. http://dx.doi.org/10.4000/confins.27294. Disponível em: https://journals.openedition.org/confins/27294#quotation. Acesso em: 02 mar. 2022.

CHUVA, M. R. R. Entre a herança e a presença: o patrimônio cultural de referência negra no Rio de Janeiro. Anais do Museu Paulista, v. 28, p. 1-30, 2020.

COSGROVE, D. Social formation and symbolic landscape. Madison: University of Wisconsin Press, 1998.

COSTA, M. M. da G. Lugares de memória no bairro de Santo Amaro: A estátua de Borba Gato. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas). Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas. Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2017.

DUNCAN, J. The city as text: the politics of landscape interpretation in the Kandyan Kingdom. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.

FERRAZ, E. O tombamento de um marco da africanidade carioca: a Pedra do Sal. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, 25, 335-339, 1997.

FREITAS, A. L. R. Quebra das estátuas: possibilidades de uma (re)escrita decolonial e pública da História. Dissertação (Mestrado em História). Pós-Graduação em História. Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.

FONSECA, M. C. L. O patrimônio em processo: trajetória da política federal de preservação no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro, Ed. UFRJ: IPHAN, 2005.

GALLAHER, C. et. al. Key Concepts in Political Geography. Londres: Sage, 2009.

GERBAUDO, Paolo. The mask and the flag: populism, citizenism, and global protest. Oxford: Oxford University Press, 2017.

GRAVARI-BARBAS, M.; VESCHAMBRE, V. Patrimoine: derriere l’idee de consensus, les enjeux d’appropriation de l’espace et des conflits. In: Conflits et territoires. Tours: Presses universitaires François-Rabelais, 2004.

GUIMARÃES, R. S. A utopia da Pequena África: projetos urbanísticos, patrimônios e conflitos na Zona Portuária carioca. Editora FGV, 2014.

HOLSTON, J. Cidadania insurgente: Disjunções da democracia e da modernidade no Brasil. São Paulo, Companhia das letras, 2013.

JACKSON, J. Discovering the vernacular landscape. New Haven: Yale univ press, 1984.

MACIEL, C. A. A. Espaços públicos e geossimbolismos na "cidade-estuário": rios, pontes e paisagens do Recife. Revista de Geografia (Recife), v. 22, p. 12-20. 2005.

MELO FILHO, D. C. Política da Paisagem e Paisagem Política em São Paulo. Mercator. v. 20, 2021. Disponível em: http://www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/e20008. Acesso em: 02 mar. 2022.

MELO FILHO, Dirceu Cadena de; SILVA FILHO, Gilberto Hermínio. Ideias da Paisagem nos Planos Diretores do Recife e do Rio de Janeiro. Espaço Aberto: PPGG - UFRJ, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 65-79, jan. 2021. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/EspacoAberto/article/view/43192. Acesso em: 03 mar. de 2022.

OLWIG, K. Landscape, Nature, and the Body Politic: from britain's renaissance to america's new world. Madison: University Of Wisconsin Press, 2002.

RAIMUNDO, S. L. Bandeirantismo e identidade nacional. Terra Brasilis, [S.L], v.6, p.1-18, 2004, https://doi.org/10.4000/terrabrasilis.375. Disponível em: http://journals.openedition.org/terrabrasilis/375. Acesso em 02 mar. 2022.

REIS, G. A.; SILVA FILHO, G. H. da; SILVA, P. T. da; RIBEIRO, R. W. A paisagem no ordenamento urbano brasileiro: a produção de leis da paisagem no recife e no rio de janeiro entre 1950 e 2019. Revista Espaço e Geografia, [S. l.], v. 24, n. 2, p. 197:222, 2022. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/espacoegeografia/article/view/40280. Acesso em: 3 mar. 2022.

RIBEIRO, G. Geografia Humana: fundamentos epistemológicos de uma ciência. In: HAESBAERT, R.; PEREIRA, S.N.; RIBEIRO, G. (Orgs.) Vidal, Vidais. Textos de Geografia Humana, Regional e Política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012, pp. 23-40.

RIBEIRO, R. W. A política da paisagem em cidades brasileiras: instituições, mobilizações e representações a partir do Rio de Janeiro e Recife. In: FIDALGO, P. (Org.) A paisagem como problema: conhecer para proteger, gerir e ordenar. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2018, v. 05, p. 155-170.

RIBEIRO, R. W. Paisagem. In: IPHAN (ORG.) Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. 1ed. Brasília: IPHAN, v. 1, 2020. Disponível em http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/92/paisagem Acesso em 02 mar. 2022.

SANGUIN, A-L. Le paysage politique: quelques considérations sur un concept résurgent. In: Espace géographique, nº1, p.23-82, 1984.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, 1996.

SANTOS, R. E. dos. Repertórios espaciais de ação na luta anti-racismo: o caso da Pequena África no Rio de Janeiro. In: Sánchez, Fernanda; Moreira, Paula Cardoso. (Org.). Cartografias do conflito no Rio de Janeiro. 1ed.Rio de Janeiro: Letra Capital, 2019, p. 12-27.

SAUER, C. A morfologia da paisagem. In: CORRÊA, R. L. A.; ROZENDAHL, Z. (Orgs.). Paisagem, Tempo e Cultura. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998, p. 12-74.

SCHWARCZ, L. M. A natureza como paisagem: imagem e representação no segundo reinado. Revista USP, (58), 6-29, 2003.

SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SMITH, L. Uses of Heritage. Londres: Routledge, 2006.

THIÈSSE, A-M. As identidades nacionais: um paradigma transnacional. In: DEL GADIO, R. S.; PEREIRA, D. B. (orgs.). Geografias e Ideologias: submeter e qualificar. Belo Horizonte: EdUFMG, 2014, p. 33-65.

TILL, K. Political landscapes. In: DUNCAN, J. S.; JOHNSON, N. C.; SCHEIN, R. H. Companion to Cultural Geography. Oxford: Blackwell, 2004, p. 347-364.

TRIGAL, L. L.; DEL POZO, P. B. Geografia Política. Madrid: Cátedra, 1999.

VALVERDE, R. O sentido político do Monumento às Bandeiras, São Paulo: condições e oportunidades para a multiplicação de narrativas a partir da transformação do espaço público. PatryTer – Revista Latinoamericana e Caribenha de Geografia e Humanidades, 1 (2), 29-40, 2018. DOI: https://10.26512/patryter.v1i2.10117.

VERAS, L. M. DE S. C. Paisagem-postal: a imagem e a palavra na compreensão de um Recife urbano. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2017.

WALDMAN, T. Entre batismos e degolas: a presença bandeirante em São Paulo. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

Published

2022-12-13

Issue

Section

Articles

How to Cite

CADENA, Dirceu; BRITO, Mariana Vieira de. Political landscape: new ways of looking and acting in Brazilian cities. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 26, n. 3, p. 78–96, 2022. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2022.195605. Disponível em: https://journals.usp.br/geousp/article/view/195605.. Acesso em: 29 jun. 2024.