RELAÇÕES DE PODER E RESISTÊNCIAS NA GESTÃO TERRITORIAL DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS NO ESTADO DO PARANÁ.

Autores

  • Paulo César Medeiros Universidade Federal do Paraná
  • Naldy Emerson Canali Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2012.74265

Palavras-chave:

COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA, RELAÇÕES DE PODER, TERRITÓRIO, TERRITORIALIDADES, RESISTÊNCIAS

Resumo

A presente comunicação objetiva explicitar o Sistema Estadual de Recursos Hídricos do Paraná, revelando os atores e as territorialidades que emergem na implementação do atual modelo de gestão das águas na escala estadual. Tendo como base a Lei Federal nº 9.433/97 – Política Nacional de Recursos Hídricos ou Lei das Águas e a Lei Estadual 12.726/99 - Política Estadual de Recursos Hídricos, observa-se que no modelo gerencial adotado, os órgãos governamentais de recursos hídricos devem abrir mão de sua autonomia administrativa sobre a gestão de águas para compartilhá-la com a nova instância deliberativa, representada pelos Comitês de Bacia Hidrográfica. O estudo das relações de poder resistências entre diversos atores e segmentos do poder público, dos usuários da água e da sociedade civil organizada permite analisar a gestão hídrica na perspectiva do desenvolvimento territorial das bacias hidrográficas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Paulo César Medeiros, Universidade Federal do Paraná
    Licenciado e Bacharel em Geografia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutor e Mestre em Geografia pela UFPR. Professor da Rede Particular de Ensino Superior e da Rede Pública do Estado do Paraná. Pesquisador.
  • Naldy Emerson Canali, Universidade Federal do Paraná
    Licenciado e bacharel em geografia, (Universidade Federal do Paraná) - UFPR -1965. Mestre em Geografia Física - USP - 1981 Doutor em Geografia - UNESP – 1991. Professor Senior da UFPR – Orientador da Pesquisa.

Referências

ABERS, Rebecca; JORGE, Karina Dino. Descentralização da gestão da água: por que os comitês de bacia estão sendo criados? Ambiente & sociedade. v.8 n.2 Campinas jul./dez. 2005.

ASSUNÇÃO. F. N. A e BURSZTYN, Mª A. As políticas públicas das águas no Brasil. Acesso em 29 jan 2005. Documento não paginado. Disponível em: www.aguabolivia.org/situacionaguaX/IIIEncAguas/conteúdo/trabajos_azul/TC-127.htm

BARLOW, M. & CLARKE, T. OURO AZUL: como as grandes corporações estão se apoderando da água doce do nosso planeta. São Paulo : M. Books do Brasil, 2003.

BERTRAND, C & BERTRAND, G. Uma Geografia Transversal e de Travessias . (Org. Trad. PASSOS, Messias Modesto) Ed. Massoni : Maringá, 2007.

BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global: esboço metodológico. Caderno de Ciências da Terra, São Paulo, n. 13, 27 p., 1971.

BERTRAND, G. Le paysage entre la nature et la société. Revue Géographique des Pyrénées et du SudOuest, Toulouse, v. 49, n. 2, p. 239-258, 1978.

BOLÓS y CAPDEVILA, M. (org.) Manual de ciencia del paisage: teoria, metodos y aplicaciones. Barcelona: Masson, 1992.

BRASIL. Lei n. 9.433 – 08 jan.1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

CHRISTOFOLETTI, A. Significância da teoria de sistemas em Geografia Física. Boletim de Geografia Teorética, Rio Claro, v. 16-17, n. 31-34, p. 119-128, 1986-1987.

CHRISTOFOLETTI, A. A geografia física no estudo das mudanças ambientais. In: Becker, B. et al (org.) Geografia e meio ambiente no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1995, p. 334-345.

CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de sistemas ambientais. São Paulo: Edgard Blücher, 1999, 236 p.

DEMATTEIS, Giuseppe. Suburbanización y periurbanización: ciudades anglosajonas y ciudades. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1994.

DEMATTEIS, Giuseppe. Contesti Locali e grandi insfrastrutture. Politiche e progretti in Itália e in Europa. Franco Angeli. Milão: Itáli, 2001.

GONZÁLEZ, S. Lageografía escalar del capitalismo actual. In: Geo Crítica Scripta Nova. REVISTA ELECTRÓNICA DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES. Universidad de Barcelona. ISSN: 1138-9788. Depósito Legal: B. 21. 741-98 Vol. IX, núm. 189, 15 de mayo de 2005. Acesso em 08 de set de 2007. Disponível em http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-189.htm

HAESBAERT, R. RS: latifúndio e identidade regional. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988.

HAESBAERT, R. Des-territorialização e identidade: a rede “gaúcha” no nordeste. Niterói: EDUFF, 1997.

HAESBAERT, R . Identidades territoriais. In: ROSENDAHL, Z.; CORREA, R. L. (Org.) Manifestações da cultura no espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1999. p.169-190.

HAESBAERT, R.; SANTA BÁRBARA, M. de. J. Identidades e migração em áreas transfronteiriças. GEOgraphia, Niterói, n.5, p. 43-60, 2001.

LANNA, A . E . L . Gerenciamento de bacia hidrográfica: aspectos conceituais e metodológicos. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, 1995. 171 p.

LÉVI-STRAUSS, C. O Útimo Festim de Esopo. São Paulo: Octavio Paz, Perspectiva, São Paulo, 1977.

MAGALHÃES JR. A. P. Indicadores ambientais e recursos hídricos: realidade e perspectivas para o Brasil a partir da experiência francesa. Ed. Bertrand Brasil: Rio de Janeiro, 2007.

PARANÁ. Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira. Ata da 2ª Reunião Ordinária, de 26 mai 2006. Secretaria Executiva, Curitiba, PR.

PARANÁ. Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira. Ata da 3ª Reunião Ordinária, de 01out 2007. Secretaria Executiva, Curitiba, PR.

PARANÁ. Comitê de Bacia Hidrográfica do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira. Ata da Reunião 4ª Ordinária, de 12 dez 2006. Secretaria Executiva, Curitiba, PR.

PARANÁ. Comitê de Bacia Hidrográfica do Paraná III. Ata da 1ª Reunião Ordinária, de 27nov2004. Secretaria Executiva, Foz do Iguaçu, PR.

PARANÁ. Comitê de Bacia Hidrográfica do Paraná III. Ata da 2ª Reunião Ordinária, de 07abr2005. Secretaria Executiva, Foz do Iguaçu, PR.

PARANÁ. Comitê de Bacia Hidrográfica do Paraná III. Ata da Reunião 3ª Reunião Ordinária, de 29 jun 2005. Secretaria Executiva, Foz do Iguaçu, PR.

PARANÁ. Constituição do Estado do Paraná. Assembléia Legislativa. Curitiba, 1989.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 2.315/00. Regulamenta os Comitês de Bacia Hidrográfica. Diário Oficial do Estado. Curitiba, 18 jul. 2000b.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 5304 de 05 de fevereiro de 2002. Instituí o Comitê das Bacias do Alto Iguaçu/Alto Ribeira, através da designação de representantes do Poder Público, Setores Usuários de Recursos Hídricos, Sociedade Civil Organizada - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEMA.Curitiba, 2002.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 5790 de 13 de junho de 2002. Institui o Comitê da Bacia do Rio Tibagi e designa seus integrantes. Curitiba, 2002.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 5791 de 13 de junho de 2002. Institui o Comitê da Bacia do Rio Jordão e designa seus integrantes. Curitiba, 2002.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 2924 de 05 de maio de 2004. Institui o Comitê da Bacia do Paraná III. Curitiba, 2004.

PARANÁ. Decreto Estadual nº 5878 de 13 de dezembro de 2005. Institui o Comitê das Bacias do Alto Iguaçu e Afluentes do Alto Ribeira. Curitiba, 2005.

PARANÁ. Decreto Estadual nº2245 de 03 de março de 2008. Institui o Comitê do Piraponema. Curitiba, 2008.

PARANÁ. Lei Estadual n° 6.938 de 21 de outubro de 1977. Constitui a Companhia de Minaração do Paraná – MINEROPAR. Curitiba, 1977.

PARANÁ. Lei Estadual nº 12.726, de 26 de novembro de 1999. Lei do Sistema Estadual de Recursos Hídricos: Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos e cria o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Paraná. Curitiba: Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, 26 nov. 1999. 14p.

PARANÁ. Lei Estadual nº 16.242, de 13 de outurbro de 2009. Cria o Instituto das Águas do Paraná – ÁGUASPARANÁ, como autarquia do Estado - vinculada a Secretaria Estadual do Meio Ambiente – que substitui a Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (SUDERHSA). Curitiba, 2009.

PASSOS, M. M. dos. Biogeografia e paisagem. Presidente Prudente: FCTUNESP,1998.

PASSOS, M. M. Por uma história ecológica da paisagem. Geografia em atos, n. 1, v. 1, 1998, p. 87-109.

RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. Tradução de Maria Cecília França. São Paulo: Ática, 1993.

RAFFESTIN, Claude. (2005) A ordem e a desordem ou os paradoxos da fronteira. In: OLIVEIRA, Tito Carlos M. de. (org.). Território sem limites: estudos sobre fronteiras. Campo Grande-MS: Editora da UFMS, p. 9-15.

RIBEIRO, W.C. Geografia política da água. Annablue : São Paulo, 2008.

SAQUET, Marcos Aurélio. O território: diferentes interpretações na literatura italiana. In: RIBAS, A. D.; SPOSITO, E. S.; SAQUET, M. A. Território e Desenvolvimento: diferentes abordagens. Francisco Beltrão: Unioeste, 2004.

SAQUET, Marcos Aurélio. Abordagens e concepções de território. São Paulo: Expressão popular, 2007.

SENADO FEDERAL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1988. 292p.

SMITH, N. Contornos de uma política espacializada: veículos dos sem-teto e produção da escala geográfica. In: ARANTES, A. (org) O Espaço da diferença. Campinas : Papirus, 2000.

SOTCHAVA, V. B. Définition de quelques notions et termes de Géographie Physique. Dokl. Institute de Géographie de la Sibérie et Extrême Orient, n. 3, p. 94-117, 1962.

SOTCHAVA, V. B. O estudo de geossistemas. Métodos em Questão, São Paulo, n. 16, 52 p., 1977.

SOTCHAVA, V. B. Por uma teoria de classificação de geossistemas de vida terrestre. Biogeografia, São Paulo, n. 14, 24 p., 1978.

Downloads

Publicado

2012-08-30

Como Citar

MEDEIROS, Paulo César; CANALI, Naldy Emerson. RELAÇÕES DE PODER E RESISTÊNCIAS NA GESTÃO TERRITORIAL DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS NO ESTADO DO PARANÁ. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 16, n. 1, p. 04–17, 2012. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2012.74265. Disponível em: https://journals.usp.br/geousp/article/view/74265.. Acesso em: 3 nov. 2024.