São Paulo à venda: ultraneoliberalismo urbano, privatização e acumulação de capital (2017-2020)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2020.168529Palavras-chave:
São Paulo, neoliberalismo, privatização, produção do espaço urbanoResumo
O artigo analisa a venda da cidade como política pública e a experiência de desmanche neoliberal a partir da análise da gestão 2017-2020 da Prefeitura de São Paulo. O projeto de desestatização do atual governo é interpretado a partir do entendimento do neoliberalismo como doutrina e ideologia crescente e perene, verificando os novos fundamentos urbanos da acumulação de capital no século XXI. O acompanhamento do processo de venda da cidade de São Paulo permitiu entender como as políticas públicas implementadas impactam diretamente os processos de privatização, privação e mercantilização do espaço e na vida cotidiana. A lógica neoliberal e a valorização do privado se realizam como um negócio urbano que deteriora o sentido democrático da cidade, negando o espaço público, e subsumindo a política à economia num novo momento de expansão das relações capitalistas que denominamos de ultraneoliberalismo urbano.
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