Estudos em políticas culturais: passado, presente e futuro?
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2021.185417Palavras-chave:
Políticas culturais, Campo acadêmico, Teses, Dissertações, BibliometriaResumo
Este artigo lança um olhar sobre os microdados das teses e dissertações sobre políticas culturais defendidas no Brasil entre os anos de 1987 e 2019, por meio de perspectivas distintas e complementares, associando técnicas da pesquisa bibliométrica a aportes teórico-metodológicos de autores como Michel de Certeau, Pierre Bourdieu e Franco Moretti. A fim de compreender como se dá o desenvolvimento desse campo acadêmico no país, os dados inicialmente são apresentados com os principais agregadores e posteriormente segmentados por décadas: 1990 a 1999, 2000 a 2009 e 2010 a 2019. Os quantitativos da produção e os temas destacados de cada período são revisitados e contextualizados, com o propósito de imaginar os desafios e oportunidades dos estudos em políticas culturais para a próxima década.
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