O papel da Ancine nas políticas públicas para o audiovisual brasileiro

Autores

  • Marcelo Gil Ikeda Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2021.185388

Palavras-chave:

Políticas públicas para o audiovisual, Estado e cinema, Cinema brasileiro contemporâneo, Ancine

Resumo

Este artigo apresenta um amplo panorama das políticas para o setor audiovisual implementadas pela Agência Nacional do Cinema em 20 anos de atividade (2001-2021). Em primeiro lugar, serão analisadas sua criação como uma agência reguladora e as limitações para sua atuação, impostas na lei que a formou. Em seguida, será avaliada a ampliação do escopo da agência sob a gestão de Manoel Rangel, com a aprovação das Leis nº 11.437/06, 12.485/11 e 12.599/12, e serão discutidos os impasses das gestões Leitão-Castro e Braga. Por fim, serão comentados os principais desafios à gestão pública do audiovisual para os próximos anos.

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Biografia do Autor

  • Marcelo Gil Ikeda, Universidade Federal do Ceará

    Doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com estágio doutoral na Universidade de Reading (Inglaterra). Professor do Curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Ceará (UFC).

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Publicado

2021-11-23

Edição

Seção

Dossiê: Gestão cultural para a próxima década

Como Citar

Ikeda, M. G. (2021). O papel da Ancine nas políticas públicas para o audiovisual brasileiro. Revista Extraprensa, 14(2), 122-142. https://doi.org/10.11606/extraprensa2021.185388