Maracatu: uma marca cultural ibero-ásio-afro-ameríndia no carnaval do nordeste
DOI:
https://doi.org/10.11606/extraprensa2020.174628Palabras clave:
Maracatu, Pedagogía comunicacional, Carnaval, Africanidad, Solidaridad comunitariaResumen
El artículo muestra que el Carnaval brasileño tuvo origen en el occidentalismo caucásico, ibérico y europeo. Se inició con la violencia de los ataques de los entrudos, que tuvo como punto culminante el acto de arrojar zapatos a los visitantes, heces y orina en los esclavos que pasaban. Lo hacían desde las casas las recatadas mujeres de las familias patriarcales. Ese comportamiento violento se vio mitigado por la influencia francesa del confeti y la serpentina, que fueron traídos por la misión francesa a principios del siglo XIX. Eso se mitigó, pero no se superó, considerando que la sensación de ataque se mantuvo en el acto de lanzar el confeti y la serpentina en los bailarines de salón. La humanización en el proceso del Carnaval se dio solo con la pedagogía comunicacional del maracatu, frente a la violencia caucásica y considerada el jolgorio rural negro más antiguo. De esa manera, los negros incorporaron en el carnaval la corporeidad lúdico-músico-gregaria de la solidaridad comunitaria de sus rituales.
Descargas
Referencias
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Cravo Albin da música popular brasileira. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em: https://bit.ly/3oPgqeq. Acesso em: 10 ago. 2020.
ANDRADE, Mário de. Danças dramáticas do Brasil. São Paulo: Limitada, 1982.
BARBOSA, Wilson do Nascimento; SANTOS, Joel Rufino. Atrás do muro da noite: dinâmica das culturas afro-brasileiras. Brasília, DF: Biblioteca Palmares, 1994.
BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia (rito nagô). São Paulo: Editora Nacional, 1961.
BRANCO, Lucio Allemand. Uma breve viagem à claustrofóbica antiesfera de Entre quatro paredes, de Jean-Paul Sartre, à luz do inferno dantesco de Peter Sloterdijk. Darandina Revisteletrônica, Juiz de Fora, v. 2, n. 2, p. 1-11, 2009.
COSTA, Haroldo. As escolas de Lan. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale, 1978.
COSTA, Haroldo. Salgueiro: academia de samba. Rio de Janeiro: Record, 1984.
COSTA, Haroldo. 100 anos de Carnaval no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale, 2001.
COSTA, Haroldo. Salgueiro: 50 anos de glória. Rio de Janeiro: Record, 2003.
COSTA, Soldade Martinho. Festas e tradições portuguesas. Lisboa: Clara Saraiva, 2002.
DOM MARCOS. Do Iorubá ao reino de Oyó. [S. l., s. n.], 1981. 1 vídeo (3 min). Publicado pelo canal Cesar Zafani. Disponível em: https://bit.ly/3nwFbvT. Acesso em: 25 ago. 2020.
FOUCAULT, Michel. História da Loucura. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.
FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES. Maracatu de Baque Solto. Brasília, DF, 2020a. Disponível em: https://bit.ly/3gLGyUJ. Acesso em: 25 ago. 2020.
FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES. Maracatu de Baque Virado. Brasília, DF, 2020b. Disponível em: https://bit.ly/3gLGyUJ. Acesso em: 25 ago. 2020.
GERMANO, Iris. O Carnaval no Brasil: da origem europeia à festa nacional. Caravelle, Toulouse, n. 73, p. 131-145, 1999.
GILIOLI, Renato Porto. Educação musical: a construção de uma identidade nacional brasileira excludente. In: PORTO, Maria do Rosário et al. (org.). Negro, educação e multiculturalismo. São Paulo: Panorama do Saber, 2002.
GÓES, Fred. Imagem do Carnaval brasileiro: do entrudo aos nossos dias. In: PEREIRA, Paulo Roberto. Brasiliana da Biblioteca Nacional: guia das fontes sobre o Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003. p. 573-588.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Parecer do conselho consultivo sobre pedido de registro do Maracatu Nação. Brasília, DF, 2014. Disponível em: https://bit.ly/3qVAEoK. Acesso em: 30 ago. 2020.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005. Disponível em: https://bit.ly/3a8I4ij. Acesso em: 31 ago. 2020.
MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva: forma e razão da troca nas sociedades arcaicas. In: MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2003. Disponível em: https://bit.ly/37i1RtM. Acesso em: 20 mar. 2020.
PRUDENTE, Celso Luiz. Arquibancada alegre de reserva: escola de samba: uma contribuição ao estudo de alguns aspectos socioculturais para compreensão do dilema do negro brasileiro. São Paulo: Panorama do Saber, 2002a.
PRUDENTE, Celso Luiz. Mãos negras: antropologia da arte negra. 3. ed. São Paulo: Panorama do Saber, 2002b. v. 1.
PRUDENTE, Celso Luiz. Arte negra: alguns pontos reflexivos para a compreensão das artes plásticas, música, cinema e teatro. Rio de Janeiro: Ceap, 2007.
PRUDENTE, Celso Luiz. Tambores negros: antropologia da estética da arte negra dos tambores sagrados dos meninos do Morumbi: pedagogia afro. São Paulo: Editora Fiuza, 2011.
PRUDENTE, Celso Luiz. A dimensão pedagógica da alegoria carnavalesca no cinema negro enquanto arte de afirmação ontológica da africanidade: pontos para um diálogo com Merleau-Ponty. Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 23, n. 50, p. 403-424, 2014.
PRUDENTE, Celso Luiz. Étnico léxico: para compreensão do autor. In: PRUDENTE, Celso Luiz; SILVA, Darcilene Célia (org.). A dimensão pedagógica do cinema negro: aspectos de uma arte para a afirmação ontológica do negro brasileiro: o olhar de Celso Prudente. 2. ed. São Paulo: Anita Garibaldi, 2019a. p. 171-177.
PRUDENTE, Celso Luiz. Futebol e samba na estrutura estética brasileira: a esfericidade da cosmovisão africana versus a linearidade acumulativa do pensamento ocidental. In: PRUDENTE, Celso Luiz; SILVA, Darcilene Célia (org.). A dimensão pedagógica do cinema negro: aspectos de uma arte para a afirmação ontológica do negro brasileiro: o olhar de Celso Prudente. 2. ed. São Paulo: Anita Garibaldi, 2019b. p. 87-111.
PRUDENTE, Wilson Roberto. A verdadeira história do direito constitucional no Brasil: desconstruindo o direito do opressor, construindo um direito do oprimido. Rio de Janeiro: Impetus, 2009. v. 1.
REIS FILHO, Nestor Goulart. Quadro da arquitetura no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1970.
REZENDE, Rafael Otávio Dias. O negro nas narrativas das escolas de samba cariocas: um estudo de Kizomba (1988), Orfeu (1998), Candaces (2007) e Angola (2012). 2017. Dissertação (Mestrado em Comunicação Social) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2017. Disponível em: https://bit.ly/2Weu3Yf. Acesso em: 25 ago. 2020.
RIBEIRO, Ronilda Iyakemi. Alma africana no Brasil: os iorubás. São Paulo: Oduduwa, 1996.
RODRIGUES, André Victor. Maracatu cearense: o ritmo e o brilho do patrimônio imaterial do nosso Carnaval. Fortaleza, 2019. Disponível em: https://bit.ly/3nldx4P. Acesso em: 1 ago. 2020.
SANTOS, Juana Elbein dos. Os nagô e a morte. São Paulo: Vozes, 2012.
SANTOS, Marzo Vargas dos; MOLINA NETO, Vicente. Aprendendo a ser negro: a perspectiva dos estudantes. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. 143, p. 516-537, 2011. Disponível em: https://bit.ly/387oS1I Acesso em 25 ago. 2020.
SARTRE, Jean-Paul. Entre quatro paredes. São Paulo: Abril, 1977.
SILVA, Daniel Neves. Bill Aberdeen. Brasil Escola, [S. l.], 2019. Disponível em: https://bit.ly/2Wi0JQC. Acesso em: 1. set. 2020.
SOUZA, Jessé. A elite do atraso: da escravidão à Lava Jato. Rio de Janeiro: Leya, 2017.
SOUZA, Marcelo Renan Oliveira de. Maracatus de Fortaleza: entre tradições, identidades e a formação de um patrimônio cultural. 2015. Dissertação (Mestrado em Preservação do Patrimônio Cultural) – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, 2015.
TINHORÃO, José Ramos. O negro em Portugal. São Paulo: Caminho, 1988.
TUPY, Dulce. Carnavais de guerra: o nacionalismo do samba. São Paulo: ASB Arte Gráfica, 1985.
VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. Salvador: Corrupio, 2002.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Celso Luiz Prudente, Neudson Johnson Martinho, Darcilene Célia Silva

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Aviso de derechos de autor/a
Al someter cualquier producción científica para la publicación en Extraprensa, el autor, de ahora en adelante, acepta licenciar su trabajo dentro de las atribuciones de Creative Commons, en la cual su trabajo podrá ser accedido y citado por otro autor en eventual trabajo, sin embargo, obliga la manutención de todos los autores que componen la obra integral, incluso aquellos que sirvieron de base para el primero.
Toda obra aquí publicada se encuentra titulada bajo las siguientes categorías de licencia Creative Commons (by/nc/nd):
Competencia (de todos los autores que componen la obra);
Uso no comercial en cualquiera de las hipótesis;
Prohibición de obras derivadas (el trabajo puede ser mencionado, sin embargo, no podrá ser reescrito por terceros);
Distribución, exhibición y copia ilimitada por cualquier medio, desde que no se genere costo financiero alguno.
En ninguna ocasión la licencia de Extraprensa podrá ser revertida para otro estándar, excepto una nueva actualización del sistema Creative Commons (a partir de la versión 3.0). En caso de no estar de acuerdo con esta política de Derecho de Autor, el autor no podrá publicar en este espacio, bajo pena de tener el contenido removido de Extraprensa.