Por uma rítmica dos corpos falantes: ressonâncias entre a psicanálise e a dança contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i2p378-379Palavras-chave:
corpo, psicanálise, dança contemporânea, gesto, ritmoResumo
O corpo foi o tema central desta investigação psicanalítica, principalmente referenciada em Freud, Lacan e Dolto, que se propôs a dialogar com a arte, especificamente, a dança contemporânea. O objetivo foi investigar como se processa a ressonância entre corpos que acontece no contexto de desentendimentos próprios à linguagem e a seus restos irrepresentáveis. Por meio da investigação das perspectivas de corpo apreendidas no âmbito da psicanálise e da dança contemporânea, apresentou-se que ambos os campos teórico-práticos foram responsáveis por operações de desconstrução da individualidade corporal imaginária, indicando que o corpo não deve ser tomado como algo hermeticamente fechado sobre si mesmo, mas como espaço paradoxal para a dança contemporânea e como corpo pulsional para a psicanálise. Nesse sentido, o corpo não se confunde com a anatomia e nem se delimita pela pele ou pelo alcance dos movimentos, mas deve ser abordado a partir de sua dimensão relacional, como algo que se constrói e se atualiza no espaço dinâmico do Outro. Nesse espaço, a psicanálise evoca as palavras e as percepções sutis, e a dança contemporânea evoca o gesto, como meios pelos quais se argumentou ser possível reconhecer a instauração de um ritmo, construído e captado pelos corpos que estejam num estado de presença viva, aberto ao imaginário que se articula ao simbólico e ao real. Assim, esta tese propôs que a ressonância entre corpos diz respeito à instauração de uma rítmica que se processa por meios sutis, que vão desde a prosódia da voz à evocação de sentidos presentes nos gestos, quando endereçados ao Outro.
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Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.