DETERMINAÇÃO E CETICISMO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES, A PARTIR DO PROBLEMA DO CETICISMO, SOBRE HEGEL, SUAS COMPREENSÕES DE DETERMINAÇÃO E SUA INTERPRETAÇÃO DA FILOSOFIA DE ESPINOSA
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2015.101422Palavras-chave:
Determinação, Indeterminação, Ceticismo, Hegel, EspinosaResumo
Resumo: Em nosso artigo, compararemos, a partir do problema do ceticismo, as diferentes compreensões que Hegel tem, em sua juventude e em sua maturidade, do que seja determinação e de como sua concepção de determinação se afastaria ou não da concepção de Espinosa. De fato, como pretendemos mostrar, uma dimensão pouco explorada e, contudo, fundamental para compreender como o Hegel de maturidade pretende distinguir a sua concepção de determinação daquela de Espinosa, é o esforço hegeliano de oferecer uma resposta satisfatória ao ceticismo, por meio da qual a filosofia possa adquirir o estatuto de um conhecimento verdadeiramente seguro e bem fundamentado. Nesse sentido, será fundamental mostrar como a própria concepção hegeliana de determinação passou por mudanças significativas desde seu período de juventude até a sua maturidade, e como isso foi central para a reavaliação que o Hegel de maturidade faz da filosofia de Espinosa e da compreensão que este teria determinação.
Downloads
Referências
BREAZEALE, D. Fichte’s “Aenesidemus” Review and the Transformation of German Idealism. In: The Review of Metaphysic, Vol. 34, No.3, pp. 545-568. Philosophy Education Society Inc., 1981.
BROCHARD, V. (2009). Os Céticos Antigos. Tradução: Jaimir Conte. São Paulo: Odysseus Editora.
ESPINOSA, B. (2012). Breve tratado de Deus, do homem e do seu bem-estar. Tradução e notas: Emanuel Angelo da Rocha Fragoso e Luís César Guimarães Oliva. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
__________. (1973a). Correspondência. In: Os pensadores. São Paulo: Editora Abril, 1973.
__________. (2007). Ética. 2ª Edição. Tradução: Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica.
__________. (1973b). Tratado da Emenda do Intelecto. In: Os pensadores. Tradução: Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: Editora Abril.
FORSTER, M. N. (1989). Hegel and Skepticism. Harvard University Press, Londres.
HEGEL, G.W.F. (2011). Ciência da Lógica (excertos). Tradução: Marco Aurélio Werle. São Paulo: Bacarolla.
_____________. (2003). Diferença entre os sistemas filosóficos de Fichte e Schelling. Tradução: Carlos Morujão. Lisboa: Casa da Moeda.
_____________. (2005). Enciclopédia das Ciências Filosóficas, vol. I – Ciência da Lógica. 2ª Edição. Tradução: Paulo Meneses e Pe. José Machado. São Paulo: Edições Loyola.
_____________. (2007). Fenomenologia do Espírito. 4ª Edição. Tradução: Paulo Meneses. São Paulo: Editora Vozes.
_____________. (2000). On the Relationship of Skepticism to Philosophy, Exposition of its Different Modifications and Comparison of the Latest Form with the Ancient One. 2ª Edição. Tradução: H. S. Harris. In: Between Kant and Hegel: texts in the development of post-kantian idealism. Indianopolis/Cambridge: Hackett Publishing Company.
_____________. (1986). Vorlesungen über die Geschichte der Philosophie. In: Werke in 20 Bänden, Werke 20. Frankfurt: Suhrkamp.
MACHADO, L. N. (2014a) Hegel e a relação entre ceticismo e filosofia: ceticismo e o problema da autodeterminação no idealismo alemão. Dissertação de Mestrado. São Paulo [s.n.], 2014.
_____________. (2014b) Sobre a relação do ceticismo com a filosofia: a crítica de Hegel ao ceticismo moderno de Schulze. In: Revista Sképsis, Ano VII, nº10, 2014, pp. 40-75.
MACHEREY, P. (2011). Hegel or Espinosa. Tradução: Susan M. Ruddick. Minneapolis/London: University of Minneapolis Press.
MELAMED, Y. (2012). “Omnis determinatio est negatio”: determination, negation and self-negation in Spinoza, Kant and Hegel. In: Spinoza and German Idealism. New York: Cambridge University Press.
SAFATLE, V. (2015). Temporality, ontology, dialectics: Hegel against a formal concept of time. II International Congress Hegel in Dialogue: Hegel and McDowell, Universidade Federal de Ouro Preto, May 2015 [Online]. Disponível em: <https://www.academia.edu/12423896/Temporality_ontology_dialectics_Hegel_against_a_formal_concept_of_time> . Acessado em 16 de Julho de 2015.
SCHULZE, G. E. (2000). Aenesidemus. 2ª Edição. Tradução: H. S. Harris. In: Between Kant and Hegel: texts in the development of post-kantian idealism. Indianopolis/Cambridge: Hackett Publishing Company.
___________. (1968). Kritik der theoretischen Philosophie. Vol. I. Hamburg: C. E. Bohn, 1801. Reimpresso, Aetas Kantiana. Brussels: Culture et Civilisation.
SEXTO EMPÍRICO (2007). 6ª Edição Outlines of Scepticism. Edição por: Julia Annas e Jonathan Barnes. 6ª Edição. Cambridge: Cambridge University Press.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
b. Authors are authorized to take on additional contracts separately, to non-exclusive distribution of the article published in this journal (ex.: to publish in institutional repository or as part of a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.