As vivências espaciais dos bebês a partir do movimento livre e da autonomia na creche
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202450276834Palavras-chave:
Creche, Bebês, Vivências espaciais, Movimento livre, AutonomiaResumo
O artigo é decorrente de uma investigação etnográfica com bebês que, baseada nas contribuições do campo dos Estudos da Geografia da Infância e das discussões decorrentes da abordagem Pikler, teve como objetivo central discutir as vivências espaciais dos bebês a partir do movimento livre e da autonomia na creche. Metodologicamente, a pesquisa foi desenvolvida com oito bebês com idades entre 4 meses e 1 ano e 5 meses, durante um período de dez meses, em uma creche que fundamenta seu projeto educativo nos pressupostos teóricos da abordagem Pikler. Para a geração dos dados da pesquisa, foram utilizadas as seguintes estratégias metodológicas: observação, registro em diário de campo, registros fotográficos e fílmicos. Com base na leitura do diário de campo, assim como na decupagem das filmagens e na análise das fotografias, foram escritos episódios a respeito das vivências espaciais
dos bebês ocorridas na investigação. A leitura do material gerado em campo possibilitou a identificação de recorrências presentes nas vivências espaciais dos bebês e a definição de três unidades analíticas: 1) os deslocamentos dos bebês pelos espaços da creche; 2) os bebês e as explorações das materialidades que constituem os espaços da creche; 3) as interações entre os bebês na ocupação dos espaços da creche. Com as análises, infere-se a importância de uma docência relacional pautada na promoção de espaços, tempos e materialidades, a qual possibilite que os bebês desfrutem do movimento livre e tenham a oportunidade de exercer a atividade autônoma por meio de suas vivências espaciais.
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