Saberes curriculares e práticas de formação de professores para o ensino médio: problematizações contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202046215997%20Palabras clave:
Formação de professores, Currículo, Ensino médio, BrasilResumen
No decorrer das últimas duas décadas, no Brasil, pode-se constatar uma situação paradoxal no que tange às políticas educacionais destinadas ao Ensino Médio. Ao mesmo tempo em que ocorreu um crescimento vertiginoso no número de matrículas para essa etapa da escolarização, constata-se um declínio da institucionalidade da escola e uma intensificação de certa gramática da crise pedagógica. Impulsionado pelas constantes reformas educacionais, nota-se um forte investimento político no Ensino Médio tanto com foco na formação de professores quanto na produção de currículos escolares ajustados às novas demandas da sociedade do século XXI. Assim sendo, o presente texto considera, analiticamente, as relações estabelecidas entre o currículo escolar e as recentes políticas e práticas de formação de professores para o Ensino Médio implementadas no contexto brasileiro. Apoiando-se nos estudos curriculares e em tradições da teoria social contemporânea, sobretudo os escritos recentes de Gilles Lipovestsky, serão examinadas três cenas de formação inicial de professores ocorridas em cursos no Sul do Brasil, desenvolvidos por instituições públicas e privadas de ensino superior. Em tais experiências parece evidenciar-se um declínio da legitimidade acadêmica nos recentes modelos formativos em favor de uma centralidade das práticas, de uma ludificação dos procedimentos e um esmaecimento dos saberes curriculares e de sua função pública.
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