“Senhor Diretor da Instrução Pública”
ensaio de análise de ofícios escolares (Santa Catarina, 1917)
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945189465Palabras clave:
Administração escolar, Santa Catarina, Correspondência, Burocracia educacionalResumen
Este artigo tematiza as práticas administrativas e as rotinas de gabinete em meio à Reforma da Instrução Pública iniciada em 1911 em Santa Catarina. Para tanto, foi composta uma série documental formada por ofícios expedidos, no ano de 1917, por duas professoras ao Diretor da Instrução, Horácio Nunes Pires. Em todos os ofícios analisados, eram feitas solicitações referentes ao aparelhamento físico das escolas nas quais as docentes lecionavam. Interessa perceber por meio de que práticas suas demandas foram armadas e como se articularam enquanto operações (CERTEAU, 1985). Para entendimento das práticas rastreadas, são adotadas as categorias de estratégias e táticas (CERTEAU, 2009). Por meio delas, busca-se o entendimento das manobras dos sujeitos, o que permite situar seus esforços em relação a seus trânsitos funcionais e políticos. O objetivo é assinalar as ações de sujeitos específicos situados em meio à burocracia da instrução pública catarinense. A mesma é entendida como um terreno fértil para a organização de práticas e manobras encabeçadas por diferentes sujeitos. A hipótese é que ambas as professoras engendram operações a partir de seu lugar na maquinaria burocrática da instrução. Conclui-se que a burocracia educacional é um campo de disputas cerceado por operações diversas, dentro do qual se fazem ver as operações dos diferentes sujeitos.
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