Teaching away from school: Essay on the representations in E. Durkheim and R. Chartier

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36105.019

Keywords:

Images of the classroom, Collective representations, Émile Durkheim, Roger Chartier

Abstract

After months of closed classrooms, teachers and students still cannot envisage when they will be able to return to schools. Roger Chartier, in the article “Post- pandemic world”, published on June 1st on the Sesc-SP website, highlights the “infinite sadness of teaching” in isolation. In the wake of this perception, we have seen, since classes were interrupted, the most diverse assessments of the role of the school as an institution and of the socialization it promotes for the education of children and youth. Hoping to broaden the views on this topic, we propose to historicize what we call the “image of the classroom”. To achieve our purpose, we analyzed the images found in the famous French comic books Petit Nicholas, signed by René Goscinny and illustrated by Jean-Jacques Sempé between 1956 and 1964. These images will be construed with the aid of the notion of representation, according to the voice of authors that educators have long read and re-read: Émile Durkheim and Roger Chartier. The concept of representation will be useful for us to explore the multiple responses of the authors to the problems and potential of the school in their respective historical times. Recalling the words of Ítalo Calvino (1993), we should take time to revisit important readings of our own education. The references remain the same, but the trajectories and challenges change. The current situation is an invitation to re-read these “classic” works that, because of their fruitfulness, especially in explaining the strength of representation, allow us to reflect on constructing what is desirable in education today.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BICCAS, M. de S. O impresso como estratégia de formação de professores: o caso da Revista do Ensino (1925-1940). Belo Horizonte: Argvmentvm, 2008.

BICCAS, M. de S. Roger Chartier: contribuições para a história da educação. In: LOPES, E. M.; FARIA FILHO, L. M. de. (Org.) Pensadores sociais e história da educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2017. v.2, p.269-98.

BOTO, C. Ler, escrever, contar e se comportar: a escola primária como rito do século XIX português (1820-1910). São Paulo, 1997. 2v. Tese (Doutorado em História Social) –Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo.

BOTO, C. A liturgia escolar na Idade Moderna. Campinas: Papirus, 2017.

BOTO, C. et al. A escola pública em crise: inflexões, apagamentos e desafios. São Paulo: Livraria da Vila, 2020.

CALVINO, I. Por que ler os clássicos? São Paulo: Cia. das Letras, 1993.

CARVALHO, M. M. C. de. A configuração da historiografia educacional brasileira. In: FREITAS, M. C. (Org.) Historiografia brasileira em perspectiva. São Paulo: Contexto, 1998. p.329-53.

CATANI, D. B. Ensaios sobre a produção e circulação dos saberes pedagógicos. São Paulo, 1994. Tese (Livre-Docência) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo.

CATANI, D. B.; FARIA FILHO, L. M. de. Um lugar de produção e a produção de um lugar: a história e a historiografia divulgadas no GT História da Educação da ANPEd (1985-2000). Revista Brasileira de Educação, n.19, p.113-28, jan./abr. 2002.

CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano – 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.

CHARTIER, R. O mundo como representação. Estudos Avançados, v.5, n.11, p.66, jan./abr. 1991.

CHARTIER, R. A ordem dos livros: leitores, escritores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII. 2.ed. Brasília: UnB, 1998.

CHARTIER, R. A história cultural: entre práticas e representações. 2.ed. São Paulo: Difel, 2002.

CHARTIER, R. Leituras e leitores na França do Antigo Regime. São Paulo: Editora Unesp, 2004.

CHARTIER, R. Defesa e ilustração da noção de representação. Fronteiras, Dourados, v.13, n.24, p.15-29, jul./dez. 2011a.

CHARTIER, R. Escutar os mortos com os olhos. In: ROCHA. J. (Org.) Roger Chartier, a força das representações: história e ficção. Chapecó: Argos, 2011b. p.250-1.

CHARTIER, R. O mundo pós-pandemia. Entrevista concedida ao Sesc-SP em junho de 2020. Disponível em: <https://www.sescsp.org.br/online/artigo/14356_MUNDO+POSPANDEMIA>. Acesso em: 7 jan. 2020.

DURKHEIM, É. As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1987.

DURKHEIM, É. As formas elementares de vida religiosa: o sistema totêmico na Austrália. Trad. Pereira Neto. São Paulo: Ed. Paulinas, 1989.

DURKHEIM, É. A evolução pedagógica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

DURKHEIM, É. O suicídio. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

DURKHEIM, É. Educação e sociologia. Petrópolis: Vozes, 2011.

DUSSEL, I.; CARUSO, M. A invenção da sala de aula: uma genealogia das formas de ensinar. São Paulo: Moderna, 2003.

FILLOUX, J.-C. Émile Durkheim. Recife: Fundação Joaquim Nabuco; Editora Massangana, 2010.

GALLEGO, R. de C. Tempos e temporalidades e ritmos nas escolas públicas primárias em São Paulo (1846-1890). São Paulo, 2008. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo.

HAMILTON, D. Towards a Theory of Schooling. London: Falmer, 1989.

HONORATO, T.; NERY, A. C. B. História da Educação e Covid-19: crise da escola segundo pesquisadores africanos (Akanbi, Chisholm), americanos (Boto, Cerecedo, Cunha, Kinne, Rocha, Romano, Rousmaniere, Southwell, Souza, Taborda, Veiga, Vidal) e europeus (Depaepe, Escolano, Magalhães, Nóvoa). Acta Scientiarum. Education, v.42, e54998, 2020.

JODELET, D. (Org.) As representações sociais. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2001.

MOSCOVICI, S. Das representações coletivas às representações sociais: elementos para uma história. In: JODELET, D. (Org.) As representações sociais. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2001. p.45-66.

NÓVOA, A. Uma educação que se diz nova. In: CANDEIAS, A.; NÓVOA, A.; FIGUEIRAS, M. (Org.) Sobre a educação nova. Lisboa: Educa, 2000. p.25-41.

OLIVEIRA, M. de. O conceito de representações coletivas em Durkheim: uma trajetória da divisão do trabalho às formas elementares. Debates do NER, Porto Alegre, ano 13, n.22 p.67-94, jul./dez. 2012.

PERRENOUD, P. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação. Lisboa: Dom Quixote, 1993.

PICKERING, W. S. Representations as understood by Durkheim: an introductory sketch. In: PICKERING, W. S. (Ed.) Durkheim and Representations. London: Routledge, 2000. p.11-23.

PINHEIRO FILHO, F. A. A noção de representação em Durkheim. Lua Nova. Revista de Cultura e Política, v.61, p.17-30, 2004.

SEMPÉ, J.-J.; GOSCINNY, R. Le petit Nicolas. Paris: IMAV Editions, 2012.

SILVA, V. B. Saberes em viagem nos manuais pedagógicos: construções da escola em Portugal e no Brasil (1870-1970). São Paulo: Editora Unesp, 2018.

TYACK, D. The one best system – a history of American urban education. Cambridge: Harvard University Press, 1974.

Published

2022-06-03

How to Cite

Menezes, R. C. D. de, & Silva, V. B. da. (2022). Teaching away from school: Essay on the representations in E. Durkheim and R. Chartier. Estudos Avançados, 36(105), 321-335. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36105.019